Portugal é uma das exceções dentro da Europa, juntamente com Israel e Gibraltar, enquanto a maioria vai ficar na lista “amarela”, sujeita a restrições mais apertadas, como Espanha, França e Grécia.
A proibição de viagens para o estrangeiro vai ser levantada a 17 de maio, confirmou Shapps, a próxima etapa do plano de desconfinamento em curso.
“Fizemos um progresso enorme a combater a pandemia covid-19 no Reino Unido. Não chegámos ao fim, mas os sinais são muito positivos”, disse Shapps.
Porém, disse que é necessário não colocar este sucesso em risco e que “a única via de saída da pandemia é cuidado e prudência”.
“Temos de ter a certeza que países com os quais restabelecemos ligação são seguros, que as taxas de infeção são baixas e as taxas de vacinação altas, e não estão a incubar variantes perigosas e têm vigilância em prática”, indicou.
Desde janeiro que estavam proibidas as viagens para o estrangeiro exceto em casos de força maior e com justificação válida, sendo as infrações penalizadas com multas de 5.000 libras (5.800 euros).
Shapps disse que os britânicos ou residentes Reino Unido poderão usar a aplicação de telemóvel do serviço de saúde público NHS como certificativo de vacinação digital, ou pedir um certificado em papel.
Porém, não dispensou os viajantes de vários testes de deteção, que poderão adicionar dezenas ou centenas de euros ao custo das viagens.
De acordo com o sistema “semáforo” para classificar os países de acordo com o risco da situação epidémica, mesmos as pessoas que cheguem de destinos da “lista verde”, isentos de quarentena, precisam de realizar pelo menos dois testes.
Um teste, que pode ser rápido ou PCR, com resultado negativo tem de ser feito até 72 horas antes do embarque e outro, obrigatoriamente PCR e feito no setor privado, precisa de ser realizado nas primeiras 48 horas após a chegada a Inglaterra.
Num artigo conjunto para o jornal Daily Telegraph, vários operadores de aeroportos britânicos e transportadoras aéreas acusaram o Governo de “excesso de cautela” e consideraram “ilógico” continuarem a ser exigidos testes após o regresso.
As viagens serão interditas para os países da “lista vermelha”, cujos viajantes terão de cumprir, à chegada ao Reino Unido, quarentena de 10 dias num hotel designado e às suas custas, além de fazer dois testes PCR, no segundo e oitavo dias da quarentena.
As pessoas que viajem de países na lista “amarela” precisam de ficar em isolamento durante 10 dias, mas este pode ser cumprido em casa, e terão de fazer dois testes PCR, no segundo e oitavo dias da quarentena.
O sistema de “semáforo” será baseado em quatro critérios: as taxas de vacinação, o número de casos, a prevalência de “variantes preocupantes” e a qualidade dos dados de testagem.
A especulação sobre a reabertura das viagens internacionais levou a um aumento na procura, tendo sido noticiado um aumento dos preços dos bilhetes.
LUSA/HN
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