Os números foram divulgados na noite de hoje pelo Ministério da Saúde, que anunciou que a taxa de letalidade da doença no país está em 7% e que a incidência é de 89,9 casos por cada 100 mil habitantes.
O aumento no número de mortes no Brasil foi de 6%, passando de 12.400 na terça-feira para 13.149 hoje. Já em relação ao número de infetados, o crescimento foi de 6,4%, passando de 177.589 para 188.974 casos confirmados de infeção.
De acordo com a tutela, 78.424 doentes infetados pelo novo coronavírus já recuperaram, sendo que 97.402 continuam sob acompanhamento. Está ainda a ser investigada a eventual relação de 2.050 mortes com o novo coronavírus.
São Paulo, epicentro da doença no país sul-americano, contabiliza oficialmente 4.118 mortos e 51.097 infetados.
Contrariamente ao que se vem registando desde a chegada da pandemia ao Brasil, o estado do Ceará, no nordeste do país, ultrapassou pela primeira vez o Rio de Janeiro no número de casos confirmados, tornando-se na segunda unidade federativa com mais infetados no país (19.156), apenas atrás de São Paulo.
O Rio de Janeiro totaliza agora 2.050 mortos e 18.728 casos confirmados.
O Amazonas também ultrapassou Pernambuco no número de casos e é agora o quarto estado mais afetado, com 1.160 vítimas mortais e 15.816 casos de infeção pelo novo coronavírus.
No lado oposto estão os estados do Mato Grosso do Sul, com 13 óbitos e 430 casos confirmados, e Mato Grosso, com 20 mortos e 661 infetados.
Para a tarde de quarta-feira estava agendada uma conferência de imprensa com o ministro da Saúde brasileiro, Nelson Teich, em que seriam dados pormenores acerca das diretrizes do Governo para redução do isolamento social em estados e municípios.
A apresentação acabou por ser cancelada por falta de consenso entre as várias entidades envolvidas, segundo o próprio ministério.
“Devido à complexidade de organização de orientações para um país continental como o Brasil, observando as diversas realidades locais e cenários diferenciados em relação à covid-19, a discussão (…) sobre diretrizes será aprofundada”, indicou a tutela, na rede social Twitter.
Segundo um estudo realizado por professores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e citado pelo jornal O Globo, o Brasil chegará ao dia 25 de maio com 17 mil mortes e 250 mil infetados pelo novo coronavírus.
Os docentes identificaram ainda um pico de infeções no país entre os dias 03 e 09 deste mês, mas frisaram que isso “não significa de forma alguma que a quantidade de novos casos por dia não poderá voltar a subir no futuro”.
Segundo os coordenadores do estudo, Marcelo Medeiros e Alexandre Street, está a ocorrer uma estabilização de novos casos em municípios com maior Índice de Desenvolvimento Humano, enquanto que os números estão em crescimento nas cidades de baixo índice.
O Brasil superou a França e é agora o sexto país com maior número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus no mundo, segundo o portal Worldometer, que compila quase em tempo real informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, de fontes oficiais dos países, de publicações científicas e de órgãos de informação.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 294 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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