De acordo com os meios de comunicação locais, as primeiras 73 pessoas (na sua maioria homens) já foram alojadas nas instalações, sendo que 27 delas estão isoladas sob suspeita de estarem infetadas com covid-19.
O fluxo migratório aumentou depois de a Lituânia ter pedido à União Europeia que impusesse novas sanções à Bielorrússia, na sequência do desvio forçado de um voo comercial para Minsk, no final do mês de abril, que resultou na detenção do jornalista Roman Protasevich.
O desvio do avião, que foi forçado por uma falsa ameaça de bomba, culminou na implementação de mais sanções à Bielorrússia, que já tinha sido punida no final do ano passado devido à repressão política vivida no país.
Este fluxo migratório é entendido na Lituânia como uma retaliação do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que ameaçou explicitamente o país vizinho de lançar uma vaga de “migrantes ilegais e transportadores de droga”.
De acordo com a televisão estatal da Lituânia, foram detidos um total de 405 imigrantes na fronteira com a Bielorrússia este ano, em comparação com 81 pessoas durante o ano de 2020.
A ministra do Interior lituana, Agnė Bilotaitė, chamou a esta situação uma “guerra híbrida” contra o seu país e uma “política consciente” de Minsk.
A Lituânia, tal como a Estónia e a Letónia, acolheu nos últimos meses centenas de refugiados e requerentes de asilo político da Bielorrússia.
No entanto, a chegada de migrantes da Síria, Iraque, Afeganistão e países africanos é geralmente vista com ceticismo pelos três países.
Os meios de comunicação social lituanos explicam que muitas pessoas do Médio Oriente e África são teoricamente elegíveis para requerer asilo, o que pode constituir um fardo burocrático e legal para a Lituânia e a Letónia.
LUSA/HN
0 Comments