O porto de Yantian – o maior do mundo entre os que possuem um único terminal de contentores – fica em Guangdong, que faz fronteira com Macau e Hong Kong e é a mais exportadora das províncias da China.
É através de Yantian que passa um terço do comércio internacional de Guangdong e um quarto das exportações chinesas para os Estados Unidos.
Os surtos do novo coronavírus em Guangdong – causados, sobretudo, pela variante Delta -, nas últimas semanas, colocaram pressão adicional em outros portos chineses, como Nansha, Shekou ou Hong Kong.
De acordo com a consultora chinesa Oneshipping, que fornece informações sobre o setor de logística, mais de 300 viagens foram canceladas ou desviadas para outras rotas e portos.
Na segunda-feira, o porto garantiu que retomou 70% da sua capacidade total e que espera voltar à normalidade no final de junho, antes da época alta para o transporte marítimo, concentrada anualmente nos meses de agosto e setembro, quando as empresas nos EUA e Europa se reabastecem para o Natal.
O referido porto de Nansha, localizado na cidade de Cantão – a capital da província -, acrescentou 38 navios à sua frota para “garantir o fluxo desimpedido do comércio internacional”, o que conduziu a congestionamentos nas estradas que conduzem às instalações.
Isto soma-se aos problemas logísticos decorrentes do congestionamento do cargueiro Ever Given, no Canal de Suez, que causou já dificuldades em escoar contentores nos portos chineses.
A Maersk, uma das principais empresas de frete marítimo do mundo, expressou esperança de que os engarrafamentos no porto de Yantian, “um dos centros mais importantes do mundo”, sejam resolvidos “nas próximas semanas”.
LUSA/HN
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