“Aquilo que é fundamental garantir, até pelas reservas que continua a haver relativamente à vacinação, é que quando regressarmos às escolas existe a capacidade de termos arejamento, qualidade do ar, distanciamento dos meninos e das meninas na sala de aula e garantir que se volta em segurança”, sustentou a porta-voz do Pessoas, Animais e Natureza (PAN), Inês Sousa Real, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.
Depois de ter estado na reunião no Infarmed, que voltou a juntar hoje políticos e especialistas de saúde para avaliar a situação epidemiológica do país, a deputada considerou que “para além das atividades económicas”, é necessário antecipar o regresso às aulas.
“E neste aspeto, o Ministério da Educação não pode continuar a falhar naquela que tem sido uma ausência de um planeamento mais adequado”, defendeu, apontando que os especialistas alertaram para a possibilidade de as crianças serem “um risco do ponto de vista do contágio”.
Questionada sobre a vacinação de crianças, defendida hoje pelo investigador Henrique Barros no Infarmed para evitar outro pico de casos, Inês Sousa Real considerou que “terá que ser a Direção-Geral da Saúde (DGS) a fazer essa avaliação, que melhor do que qualquer entidade política estará apta para perceber se existem condições ou não de saúde, se existem ou não riscos que garantam a segurança de crianças e jovens”.
Já sobre a retoma económica do país, a deputada reforçou a importância dos apoios sociais.
“Se por um lado sabemos que a economia só vai gradualmente ver a retoma da dita normalidade, é fundamental que o Estado garanta, e que se faça já esse trabalho no próximo Orçamento do Estado, que as medidas de apoio social, às famílias, aos sócios-gerentes, às empresas, à cultura, continuam a existir, e que este esforço continua a ser feito em paralelo com todo o plano de vacinação” e a adoção de comportamentos individuais, salientou.
LUSA/HN
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