Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde brasileiro, que dá ainda conta de uma taxa de letalidade da doença fixada em 2,8%.
A incidência da Covid-19 é agora de 275 mortes e 9.839 casos por 100 mil habitantes no país sul-americano, com 212 milhões de habitantes.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com mais mortes em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos, antecedido pelos norte-americanos e pela Índia.
A nível nacional, São Paulo continua a ser o foco da pandemia, concentrando 4.236.436 diagnósticos positivos de SARS-CoV-2 e 145.012 vítimas mortais.
Das 27 unidades federativas brasileiras, sete já superam um milhão de casos, cada (São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Santa Catarina e Rio de Janeiro).
Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que investiga alegadas falhas e crimes na condução da pandemia no Brasil, tornaram esta quinta-feira públicas uma série de mensagens telefónicas que indiciam a preparação de fraudes numa licitação de testes contra a doença.
As mensagens foram trocadas entre o ex-funcionário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) brasileira Ricardo Santana e o suposto lobista Marconny Albernaz Ribeiro.
O relator da CPI, Renan Calheiros, e o vice-presidente da Comissão, senador Randolfe Rodrigues, apontaram, a partir de documentos recebidos pela CPI, os detalhes do esquema que desclassificou empresas vencedoras de processos de licitação para a venda de testes — a Abbott e a Bahiafarma — em benefício da Precisa Medicamentos, empresa que vendeu testes a estados e intermediou a aquisição da vacina indiana Covaxin ao Governo brasileiro.
“A própria história da corrupção do Brasil, de que se tem notícia desde o descobrimento, talvez seja — esse documento é inédito por isso — a primeira vez que alguém descreve o caminho do crime”, expôs Renan Calheiros, ao destacar ainda que a Precisa também vendeu testes para o Distrito Federal, Mato Grosso e outros estados, assim como conseguiu firmar contratos para a venda de preservativos ao Governo.
A CPI da Pandemia foi instalada em 27 de abril com prazo inicial de três meses de funcionamento. Contudo, a sua prorrogação por mais 90 dias foi aprovada em julho e a Comissão poderá trabalhar até ao início de novembro, segundo o próprio Senado.
A CPI – composta por 11 membros, sete da oposição ao Governo de Bolsonaro e quatro outros que apoiam o líder de extrema-direita – deverá redigir um relatório no final dos seus trabalhos, que poderá ser encaminhado aos tribunais para o início de um processo judicial.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.461.431 mortes em todo o mundo, entre mais de 213,79 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
LUSA/HN
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