Entrevistas
Luís Bronze: “A informação é a melhor vacina contra a hipertensão”

Luís Bronze: “A informação é a melhor vacina contra a hipertensão”

Conhecida como a “doença silenciosa”, a Hipertensão Arterial é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares mais letais. Em Portugal, as doenças cardio-cérebrovasculares são responsáveis por mais de 32 mil mortes por ano e calcula-se que possam reduzir em 12-14 anos a esperança de vida. No Dia Mundial da Hipertensão, o Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão fala numa nova pandemia, alegando que “se para as pandemias virais as medidas passam por evitar o contágio, na hipertensão o ‘contágio’ é através dos comportamentos”. Luís Bronze defende a importância da diminuição do consumo de sal, a manutenção de dietas saudáveis, atividade física e a adesão à terapêutica.

Rui Tato Marinho fala sobre hepatite aguda: “Está tudo sob controlo”

Rui Tato Marinho fala sobre hepatite aguda: “Está tudo sob controlo”

O número de casos suspeitos de hepatite atípica aguda em crianças tem vido a aumentar ainda que de forma pouco expressiva. Em Portugal, já foram notificados oito casos, mais quarto em relação à semana passada. Questionado sobre a evolução da doença a nível nacional, o coordenador da Comissão Nacional de Hepatites Virais, Rui Tato Marinho, admite que com o aumento de casos “poder-se-ia pensar que iria existir um cenário parecido com o da Covid-19”, mas recusa o cenário de uma situação preocupante. O especialista considera que estamos perante uma “doença rara”.

Daniela Macedo: “As mulheres não estão despertas para a sintomatologia” do cancro do ovário

Daniela Macedo: “As mulheres não estão despertas para a sintomatologia” do cancro do ovário

O cancro do ovário é a patologia ginecológica mais mortal apesar de não ser a mais comum. Segundo a médica oncologista do Hospital Lusíadas Lisboa “as mulheres não estão tão despertas para a sintomatologia” do cancro do ovário quando comparado com o da mama. Neste sentido, a especialista alerta que os sinais da doença surgem quando a já está em fase avançada.   

Ana Mendes: “Há falta de perceção de que a asma é uma doença crónica” por parte de doentes e médicos

Ana Mendes: “Há falta de perceção de que a asma é uma doença crónica” por parte de doentes e médicos

De acordo com a coordenadora do grupo de interesse sobre asma da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, “esta falta de perceção ocorre a nível dos doentes, mas também a nível da própria classe médica”. A especialista alerta que a asma é uma doença com forte impacto na qualidade de vida, defendo o acompanhamento multidisciplinar dos doentes mais graves. Estima-se que quatro em cada dez doentes sejam internados todos os anos devido a uma crise respiratória.

Fernando Chaves: “Não vale a pena criar pânico nos pais” sobre a hepatite aguda

Fernando Chaves: “Não vale a pena criar pânico nos pais” sobre a hepatite aguda

Ao contrário do que está a ser dito por alguns especialistas, o médico pediatra do Hospital Lusíadas Lisboa diz que ainda “não se pode falar em surto”. Para Fernando Chaves, “mais importante do que o número de casos” de crianças com hepatite aguda de etiologia desconhecida, “o que temos de ter em conta é a gravidade”. O especialista critica o alarmismo e o “pânico” que está a ser criado e frisa que “qualquer clínico que receba uma criança com quadro de disfunção hepática vai estar muito atento”.

Luís Bronze: “Os fármacos de associação fixa melhoram a adesão terapêutica”

Luís Bronze: “Os fármacos de associação fixa melhoram a adesão terapêutica”

Um novo estudo alemão mostra que os medicamentos de associação fixa continuam a ser pouco prescritos para o tratamento da hipertensão. De acordo com o atual presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão estes dados podem ser explicados por várias razões, das quais se destacam o potencial desconhecimento das guidelines europeias para o tratamento da HTA e, nalguns casos, por motivos culturais. Luís Bronze destaca que estes fármacos permitem um melhor controlo da doença, especialmente promovendo a adesão à terapêutica. Em Portugal, estima-se que 40% da população adulta sofra de hipertensão arterial.

Ricardo Lima: Novas terapêuticas biológicas “ajudarão a mudar o panorama dos doentes com asma grave”

Ricardo Lima: Novas terapêuticas biológicas “ajudarão a mudar o panorama dos doentes com asma grave”

No 29.º Congresso de Pneumologia do Norte, que decorreu entre 24 e 26 de março, Ricardo Lima – pneumologista responsável pela consulta de asma do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho – abordou “Os desafios no tratamento da Asma – da Eficácia à Efetividade”. Em entrevista exclusiva ao HealthNews, o médico expôs esses desafios e disse que novas terapêuticas biológicas “ajudarão a mudar o panorama dos doentes com asma grave”.

André Biscaia: “Os cuidados de saúde primários precisam de mais autonomia”

André Biscaia: “Os cuidados de saúde primários precisam de mais autonomia”

Aos olhos do Presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), “aquilo que os cuidados de saúde primários precisam neste momento é mais autonomia” para responder aos atuais desafios. A propósito do Encontro da Primavera, que decorreu esta sexta-feira, em Leiria, André Biscaia sublinhou o papel das USF, apontando que “se transformássemos o país todo em USF de modelo B conseguíamos dar resposta a mais doentes”.

Instituições de saúde unem-se para fortalecer a formação dos seus profissionais

Instituições de saúde unem-se para fortalecer a formação dos seus profissionais

No I Encontro Nacional de Centros de Formação do Serviço Nacional de Saúde, que decorre amanhã (22 de abril) no IPO do Porto, será apresentada a Associação Portuguesa de Centros de Formação do SNS e serão debatidos temas estruturantes para os fundadores. Passados dois anos de encontros virtuais, os sócios fundadores (22 instituições de saúde) vão reunir-se presencialmente pela primeira vez. Em entrevista exclusiva ao HealthNews, o presidente da APCEF-SNS, Jorge Oliveira, contou como tudo começou.

Sandra Dias: “A Reunião Anual do GEDII voltou a superar as expectativas”

Sandra Dias: “A Reunião Anual do GEDII voltou a superar as expectativas”

No rescaldo da Reunião Anual do Grupo de Estudo da Doença Inflamatória Intestinal (GEDII), que decorreu entre os dias 6 e 8 de abril, em Cascais, a Project Coordinator Sandra Dias, afirmou, em entrevista ao Healthnews, não ter dúvidas de que o evento voltou a superar todas as expectativas, tanto pela presença dos convidados e participantes, como pela qualidade dos conteúdos científicos apresentados. 

Leonor Guedes fala sobre Parkinson: “A terapêutica deve ser iniciada lentamente”

Leonor Guedes fala sobre Parkinson: “A terapêutica deve ser iniciada lentamente”

De acordo com a presidente da Sociedade Portuguesa das Doenças do Movimento, Leonor Guedes, “não é necessário começar a terapêutica imediatamente após o diagnóstico”, defendendo que a terapêutica deve ser iniciada “lentamente e de forma personalizada”. No âmbito do Dia Mundial da Doença de Parkinson, que assinala hoje, a responsável admite que os doentes são cada vez mais exigentes. “O maior desafio que encontramos no tratamento dos doentes mais jovens é conseguirmos oferecer a qualidade de vida desejada.”

Ana Teresa Afonso: “Foi impactante ver crianças a brincarem com neve enquanto esperavam para atravessar a fronteira”

Ana Teresa Afonso: “Foi impactante ver crianças a brincarem com neve enquanto esperavam para atravessar a fronteira”

Foram apenas dez dias na Ucrânia, mas foi o tempo suficiente para Ana Teresa Afonso não conseguir apagar da memória o cenário de guerra provocado pela invasão russa. Foi no início do conflito que a enfermeira portuguesa viajou até ao país para prestar apoio a uma população vítima de conflitos políticos. Em entrevista ao nosso jornal a Senior Health Advisor da UK-Med conta com foi viver um dos momentos mais marcantes. “Só me conseguia questionar sobre ‘como será que estas mães explicaram aos seus filhos os motivos que os levaram a sair da sua casa?’.

Ana Escoval: “A nossa missão tem sido apoiar e ajudar organizações de saúde”

Ana Escoval: “A nossa missão tem sido apoiar e ajudar organizações de saúde”

É hoje que a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar (APDH) assinala o seu 20º aniversário. Em entrevista ao HealthNews, uma das fundadoras da associação destaca o contributo da APDH na promoção da inovação e dos cuidados de saúde. Após fazer o balanço destes vinte anos, Ana Escoval defende uma “transformação no nosso Serviço Nacional de Saúde”. “É importante que seja criada uma ação de governo que ultrapasse esta fragmentação que existe”, afirma.

Luís Correia: “A reunião anual do GEDII constitui o fórum por excelência e de excelência dos especialistas mais dedicados ao tema”

Luís Correia: “A reunião anual do GEDII constitui o fórum por excelência e de excelência dos especialistas mais dedicados ao tema”

Na reunião principal saliento a discussão da problemática do crescimento das doenças, as particularidades das doenças em grupos especiais de doentes como os oncológicos, a problemática da infeção associada às doenças e às terapêuticas imunossupressoras, o diagnóstico de doenças contundentes e, sempre muito importante, as diferentes estratégias de tratamento

Filipa Osório: “Infelizmente para muitas mulheres sentir dor na menstruação ainda é considerado normal”

Filipa Osório: “Infelizmente para muitas mulheres sentir dor na menstruação ainda é considerado normal”

A desvalorização dos sintomas da endometriose pode explicar o facto de ser uma doença subdiagnosticada. No âmbito do Mês de Sensibilização para a Endometriose, a ginecologista-obstetra do Hospital da Luz, Filipa Osório, lamenta que a dor na menstruação seja encarada como “algo normal” pelas mulheres. “É importante transmitir a mensagem de que uma dor incapacitante e que interfere na qualidade de vida” deve ser investigada. Estima-se que a endometriose afete uma em cada dez mulheres, podendo causar infertilidade.

Maria João Almeida: “Os medical writers são profissionais com uma ambivalência enorme”

Maria João Almeida: “Os medical writers são profissionais com uma ambivalência enorme”

Com a profissão a ganhar cada vez mais reconhecimento e notoriedade a nível internacional, um grupo de medical writers portugueses decidiu juntar-se e dar origem à Associação Portuguesa de Medical Writers. Em entrevista ao HealthNews, a dirigente da associação destacou o contributo destes profissionais na divulgação de informação científica. Segundo Maria João Almeida, os principais objetivos da APMW passam por “apoiar e dar alguma formação a futuros medical writers”. 

Filipe Froes: “A chegada de refugiados pode criar condições para um ressurgimento de nova atividade pandémica”

Segundo o especialista “o cenário de uma sexta vaga tem de ser contemplado”. Em entrevista ao nosso jornal, Filipe Froes deixa críticas à forma como está a ser encarada a pandemia, lamentando a menor vigilância e os atrasos na partilha de informação dos relatórios semanais. Questionado sobre o impacto que a baixa taxa de vacinação dos cidadão ucranianos pode ter a nível nacional, o infeciologista admite que esse é “mais um sinal” que justifica “mantermos a vigilância e a monitorização”. Caso não seja feita essa “avaliação”, podermos assistir a “um ressurgimento de nova atividade pandémica”.

Operação Nariz Vermelho: 20 anos a aliviar a dor de crianças hospitalizadas

Operação Nariz Vermelho: 20 anos a aliviar a dor de crianças hospitalizadas

“Se pensarmos sobre a criança hospitalizada, a partir do momento em que entra no hospital, perde direitos. Perde a escola, perde os amigos, perde a força, perde a vitalidade para brincar. Ela está ali a perder e deixa de poder comandar a vida. Eu acho que o que o Doutor Palhaço dá é esse empoderamento à criança.”

Luís Brito Avô: “Apenas 40% dos doentes raros atinge a idade adulta”

Luís Brito Avô: “Apenas 40% dos doentes raros atinge a idade adulta”

Ser um doente raro em Portugal pode ser muito complicado. Apesar de nos últimos anos se terem verificado melhorias nos indicadores de diagnóstico, as doenças raras continuam a ser um fator de elevada incapacidade. Luís Brito Avô, especialista na área, alerta que menos de metade dos doentes portadores de doença rara atingem a idade adulta, tornando-se numa “das principais causas de mortalidade infantil”. Questionado sobre quais as medidas que podem melhorar o cenário dos doentes, o médico destaca o investimento em equipamentos de diagnóstico e a melhor comunicação entre geneticista e clínico. 

Operação Nariz Vermelho: 20 anos a aliviar a dor de crianças hospitalizadas

Operação Nariz Vermelho: 20 anos a aliviar a dor de crianças hospitalizadas

“Se pensarmos sobre a criança hospitalizada, a partir do momento em que entra no hospital, perde direitos. Perde a escola, perde os amigos, perde a força, perde a vitalidade para brincar. Ela está ali a perder e deixa de poder comandar a vida. Eu acho que o que o Doutor Palhaço dá é esse empoderamento à criança.”

Andrea Zanetti: “Pandemia trouxe desafios no que respeita à conciliação entre a vida pessoal e profissional”

Andrea Zanetti: “Pandemia trouxe desafios no que respeita à conciliação entre a vida pessoal e profissional”

De acordo com o General Manager da Angelini Pharma Portugal, “a procura por locais de trabalho em que as pessoas conseguem um equilíbrio saudável entre a vida pessoal e profissional” é, atualmente, uma prioridade por parte dos trabalhadores. Andrea Zanetti salienta que o chamado “salário emocional” veio a ser impulsionado pela pandemia. A Angelini Pharma recebeu pela terceira vez consecutiva o reconhecimento de “Top Employer” em Portugal. Para o dirigente da companhia é uma prioridade que “todos os que trabalham connosco se sintam apoiados e valorizados”.

Miguel Botton: “Muitos doentes apareceram na consulta de mão e punho com queixas relacionadas com o teletrabalho”

Miguel Botton: “Muitos doentes apareceram na consulta de mão e punho com queixas relacionadas com o teletrabalho”

As medidas implementadas durante a pandemia resultaram em mais doentes com problemas nas articulações. Segundo Miguel Botton, Membro da Unidade do Punho e Mão do Hospital CUF Descobertas, “a postura menos correta durante a atividade laboral fez com que surgissem algumas questões relacionadas a um processo inflamatório tendinoso”. Apesar deste aumento, o especialista esclarece que o tratamento de primeira mão passa por medicação, reabilitação, fisioterapia e infiltrações. Cirurgia só “quando o tratamento conservador falha”.

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