“Nós temos alguns surtos em alguns pontos que têm uma correspondência com um código postal e no caso de Arroios houve um lapso que já foi identificado e que naturalmente pedimos desculpa pelo facto”, afirmou hoje a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, durante a conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus.
Na quarta-feira a ministra da Saúde, Marta Temido, falou em 13 surtos preocupantes em Lisboa, Loures, Odivelas, Amadora e Sintra, referindo-se aos casos registados nas freguesias de Arroios, Santo António, Encosta do Sol, Queluz e Belas, Águas Livres, Agualva, Mira-Sintra, Mina d’Água e Rio de Mouro.
O aumento de casos registado nos últimos dias na região de Lisboa e Vale do Tejo levou o Governo a criar um Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, referiu que a dinâmica das epidemias está relacionada com a dinâmica das populações, explicando que a intensidade dos rastreios tem sempre em conta o contexto e a realidade que se vive no momento.
“A política de testagem deve ser orientada” tendo em conta os diferentes “momentos, contextos e situações de risco”, explicou Graça Freitas, quando questionada se estaria a haver uma testagem agressiva na zona de Lisboa em contraponto com outras regiões do país.
Sobre o anúncio da incidência de casos entre os profissionais da construção civil (10%), Graça Freitas disse que foram testados outros grupos, mas este foi o que se destacou.
Os restantes grupos deram uma percentagem de testes muito baixa, como foi o caso do registo de positivos em lares ou em agregados familiares, explicou Graça Freitas.
Portugal contabiliza pelo menos 1.504 mortos associados à covid-19 em 35.910 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
LUSA/HN
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