Dois meses depois de Malabo e Bata, as duas principais cidades do país da África Central terem adotado confinamentos rigorosos para impedir a propagação da pandemia provocada pelo novo coronavírus, o “início do desconfinamento em todo o território nacional a partir de 15 de junho”, foi anunciado através de um comunicado publicado na página da Presidência equato-guineense na Internet.
As autoridades atualizaram também os dados sobre o impacto da pandemia no país, algo que não acontecia há vários dias: segundo o último relatório do Governo, a Guiné Equatorial regista 1.664 casos positivos e 32 mortos.
De acordo com o comunicado, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP), os voos domésticos vão ser retomados na segunda-feira, especialmente entre a região da ilha em que a capital está localizada, Malabo, e o continente do país, onde está situado o porto de Bata.
Os voos internacionais podem também ser retomados, devendo as pessoas que chegam ao país serem portadoras de um “certificado de diagnóstico negativo para coronavírus com menos de 48 horas”.
Nas duas cidades sujeitas a confinamentos mais rigorosos, as lojas, restaurantes e locais de culto poderão também reabrir, enquanto as discotecas e salões de festas vão permanecer encerradas durante esta primeira fase de desconfinamento, especificou o Governo.
O uso de máscara e o distanciamento social vão permanecer obrigatórios nos espaços públicos.
“Aliviar o confinamento não significa baixar a guarda”, disse Teodoro Nguema Obiang, vice-presidente e presidente do comité político de resposta à covid-19, em declarações à televisão estatal (TVGE).
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), há mais de uma semana que não atualizava o número de casos de covid-19 no país e, com estes números, torna-se o país africano lusófono com mais casos.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções e de mortos (1.664 casos e 32 mortos), seguida da Guiné-Bisau (1.460 casos e 15 mortos), Cabo Verde (726 casos e seis mortos), São Tomé e Príncipe (659 casos e 12 mortos), Moçambique (553 casos e dois mortos) e Angola (138 infetados e seis mortos).
O continente africano registou nas últimas 24 horas mais 204 mortes por covid-19, totalizando 6.244 mortos, em mais de 232 mil casos, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
LUSA/HN
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