De acordo com António Lacerda Sales, as unidades de saúde em causa já “duplicaram a capacidade de realização de inquéritos epidemiológicos”, uma ferramenta considerada crucial para identificar, isolar e quebrar cadeias de transmissão da covid-19.
“São mais cerca de 20 recursos humanos alocados a estes serviços”, afirmou, especificando que são mobilizados profissionais de várias instituições, entre as quais a Escola Nacional de Saúde Pública, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, a Cruz Vermelha Portuguesa, da Administração Regional de Saúde do Centro e a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa.
No grupo, encontram-se também médicos de formação geral dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Muitos destes profissionais vão começar esta semana, prevendo-se assim também assegurar a mesma capacidade de resposta durante o período de férias”, acrescentou o governante durante a habitual conferência de imprensa para atualizar a informação relativa à pandemia de covid-19 em Portugal.
“Estamos a falar de focos. Como nos focos de incêndios, é preciso acudir com os meios disponíveis para evitar que a situação de alastre”, disse.
O secretário de Estado indicou que a ocupação em unidades de cuidados intensivos é de 63%, dos quais 21% de doentes com covid.
No entanto, frisou, “uma coisa é a capacidade de resposta do SNS à pandemia e outra é a capacidade de a sociedade travar a propagação”.
Lacerda Sales reiterou que o bem-estar coletivo continua a depender da responsabilidade individual: “Desconfinar não é relaxar, nem desresponsabilizar”.
“Temos a obrigação de continuar a cuidar uns dos outros. Os mais novos têm a obrigação de proteger os mais velhos e os mais frágeis”, declarou, referindo que o vírus que causa a covid-19 “ainda não passou”, nem existe vacina, pelo que continua a existir risco para a saúde se não forem observadas as regras sanitárias.
Portugal contabiliza pelo menos 1.534 mortos associados à covid-19 em 39.392 casos confirmados de infeção, segundo números oficiais.
LUSA/HN
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