Os participantes, inicialmente profissionais de saúde e outros trabalhadores de serviços críticos, incluindo da universidade de Southampton e respetivos familiares, vão poder efetuar os testes em casa, colocando uma amostra de saliva num recipiente entregue previamente em casa ou no local de trabalho.
As amostras serão recolhidas por funcionários da universidade ou deixadas num local predeterminado e os resultados serão comunicados no espaço de 48 horas.
O projeto vai abranger mais de 14.000 voluntários ao longo de quatro semanas, realizando testes todas as semanas, e quando o resultado for positivo implica que os participantes e respetivos contactos próximos tenham de ficar em isolamento durante duas semanas.
“O teste de saliva pode potencialmente tornar ainda mais fácil para as pessoas fazerem testes de coronavírus em casa, sem uso de zaragatoas. Este teste também nos vai ajudar a descobrir se testes de rotina em casa podem detetar casos do vírus mais cedo”, disse o ministro da Saúde, Matt Hancock.
Atualmente os testes à Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, implicam o uso de uma zaragatoa para recolher muco no nariz e no fundo da garganta, o que pode ser feito pela própria pessoa ou por outra pessoa.
O governo britânico desenvolveu desde o início da pandemia de Covid-19 uma infraestrutura de testes de diagnóstico à doença, que incluem laboratórios públicos e privados e dezenas de centros ‘drive-in’ para colheita de amostras em locais como parques de estacionamento.
O exército criou uma série de unidades móveis para recolher amostras em locais mais remotos junto de trabalhadores de lares de idosos, esquadras de polícia ou prisões, e existem kits que podem ser enviados pelo correio para o domicílio.
Isto permitiu o aumento da capacidade de testagem para cerca de 200 mil testes por dia, porém os resultados nem sempre são fidedignos, seja por causa da qualidade da amostra ou por problemas no laboratório.
Um estudo da universidade de Bristol publicado em maio sugeriu que em 20% dos casos, os resultados negativos podem ser falsos, fazendo os visados pensar que não estão infetados.
O jornal The Guardian noticiou no final de abril que uma empresa norte-americana já tinha desenvolvido um teste a partir de amostras de saliva sem o recurso a zaragatoas que foi aprovado pelas autoridades dos EUA e cujo resultado pode ser processado em 24 horas, mas que o governo britânico optou por não adquirir o produto.
LUSA/HN
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