Noruega e Dinamarca controlam surtos e reduzem número de infetados

27 de Agosto 2020

Dinamarca e Noruega reverteram a tendência de aumento de casos de Covid-19 nos últimos dias e controlaram os principais surtos, retornando assim a níveis mais moderados de propagação do vírus.

As autoridades de saúde dinamarquesas relataram hoje 90 novos casos, para um total de 6.627, somando cinco dias consecutivos abaixo dos 100 contágios, e mais uma vítima mortal, com um balanço provisório de 624 óbitos.

A taxa de reprodução do vírus baixou para 0,8%, depois de no início deste mês ter estado situada nos 1,5%.

O surgimento de vários surtos há algumas semanas, especialmente em Aarhus – a segunda maior cidade do país –, fez com que as autoridades dinamarquesas adiassem algumas medidas de reabertura social e passassem a recomendar o uso de máscara nos transportes públicos, que passou a ser obrigatório desde sábado.

Com uma população de 5,7 milhões de pessoas, a Dinamarca tem uma taxa de mortalidade de 10,75 por 100 mil habitantes, mais do dobro da Noruega, que tem uma população menor, 5,4 milhões de habitantes, mas uma área quase oito vezes maior.

O Instituto de Saúde norueguês confirmou hoje 50 novas infeções, 10.504 no total, enquanto o número de mortes permanece, desde a semana passada, nos 264.

O último relatório semanal deste órgão deteta uma ligeira diminuição do número de infetados nas últimas duas semanas, apesar de o número de exames realizados ter aumentado “significativamente” durante nesse período.

“Os dados e modelos mostram que o contágio continua em níveis baixos em todo o país, embora haja surtos que exigem trabalhos de rastreamento nos diferentes municípios”, indica o documento.

As autoridades norueguesas recomendam o uso de máscara nos transportes públicos há algumas semanas.

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 826 mil mortos e infetou mais de 24,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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