Num texto publicado no jornal alemão Bild, Horst Seehofer lamentou ver extremistas a tentar forçar o seu caminho para o edifício Reichstag, a sede da Câmara dos Deputados e o centro simbólico da democracia alemã.
A manifestação ocorreu no sábado contra as restrições impostas para conter a pandemia de covid-19 e onde foi necessária a intervenção da polícia para dispersar os manifestantes, por não estarem a ser respeitadas as regras de segurança.
Durante a noite, várias centenas de manifestantes forçaram as cercas de segurança e um posto de controlo da polícia nas escadas de acesso ao Reichstag.
Estes manifestantes foram impedidos de entrar no edifício pela polícia, que usou ‘sprays’ para dispersar a multidão e deteve várias pessoas.
No total, segundo a AFP, a manifestação reuniu 38 mil pessoas de acordo com a polícia, o dobro do esperado inicialmente, tendo cerca de 300 pessoas sido presas em confrontos com a polícia.
O Reichstag, onde os deputados alemães se reúnem em plenário, tem uma forte carga simbólica na Alemanha, tendo sido incendiado em 1933 pelos nazis.
Segundo o ministro alemão, “a pluralidade de opiniões” é uma característica do bom funcionamento de uma sociedade, mas a liberdade de manifestação está a chegar aos seus limites quando as regras públicas não são respeitadas, escreve.
O governo regional de Berlim tinha proibido a manifestação, apontando que em protestos semelhantes realizados nas últimas semanas os manifestantes não respeitaram regras como o uso de máscara ou o distanciamento social, mas os organizadores recorreram à justiça e um tribunal autorizou a manifestação.
O tribunal determinou que o uso de máscara no protesto não é obrigatório, mas que os participantes devem manter uma distância de 1,5 metros entre si.
LUSA/HN
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