Esta medida do Governo foi avançada por António Costa no discurso que proferiu na abertura da Convenção Nacional do PS, em Coimbra, ocasião em que antecipou que esta semana, em matéria de prevenção da covid-19, “serão dados dois passos muito importantes”.
A primeira dessas medidas, segundo o líder socialista, passa pelo “aumento extraordinário da capacidade do número de testes a realizar” e explicou porquê: “Quando o regresso de férias voltar a concentrar as pessoas, quando as empresas voltarem a laborar em pleno e quando o sistema educativo voltar a funcionar, naturalmente o risco de contágio vai aumentar”.
“Se aumenta o risco de contágio, tem de aumentar a prevenção para o contágio. Por isso, aumentar a capacidade de testagem é fundamental”, justificou.
António Costa falou depois no lançamento esta semana de uma nova aplicação informática destinada a sinalizar a aproximação de um cidadão face a outro que poderá estar contagiado.
“Apelo desde já a todos para que descarreguem essa aplicação nos vossos telemóveis. É preciso que cada um seja solidário avisando todos aqueles com quem esteve em contacto e que, eventualmente, podem ter sido contagiados. Esse é um dever cívico de todos. Eu serei o primeiro a dar o exemplo”, disse.
Nesta primeira parte do seu discurso, o primeiro-ministro definiu como uma das prioridades imediatas do seu Governo o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), designadamente “continuando a aumentar o número de camas de cuidados intensivos”.
“Portugal nunca ultrapassou em 63% a taxa de utilização das camas de cuidados intensivos. Mas, sabendo que devemos desejar o melhor e que nos devemos preparar para o pior, temos de investir para chegar ao final deste ano com uma média de camas de cuidados intensivos já muito próxima da média europeia. E, durante 2021, devemos alcançar a média europeia em camas de cuidados intensivos por cem mil habitantes”, especificou.
Nesta parte do seu discurso mais centrada nas questões do combate imediato à covid-19, António Costa deixou também uma mensagem de caráter político, procurando sinalizar que a abertura do ano político pelos socialistas estava a decorrer cumprindo todas as recomendações sanitárias.
“Estamos aqui [Convento de São Francisco, em Coimbra] nesta conferência nacional a demonstrar que nada obriga os partidos a pararem a sua atividade, desde que todos cumpramos a regras de segurança”, declarou.
LUSA/HN
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