As escolas do ensino público reabriram portas esta segunda-feira aos alunos com novas medidas de proteção. Para os especialistas de saúde ocular, este regresso às aulas presenciais deve ser acompanhado pela saúde visual dos estudantes, uma vez que a falta de visão pode afetar negativamente a aprendizagem dos alunos.
“Na sala de aula um défice visual pode ser impeditivo da aprendizagem e até do gosto pela leitura e boa relação com a própria escola” afirma Rosário Varanda, oftalmologista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).
A oftalmologista admite que existe ainda um profundo receio por parte dos pais, tanto no recomeço das aulas presenciais, como nas consultas de oftalmologia. “É compreensível a preocupação dos pais em lidar com o recomeço presencial das aulas, receando que um possível contágio coloque a saúde ocular em segundo plano. No entanto, tal não deve acontecer, pois as crianças a partir dos seis anos, ou ainda antes, podem usar a máscara facial de proteção sem qualquer dificuldade. Além disso, os consultórios de oftalmologia estão ainda preparados para atender os seus doentes com todas as regras de segurança adequadas”.
“É desejável que as crianças sejam observadas antes da idade escolar, nos programas de rastreio visual infantil aos dois e quatro anos, mas se isso não acontecer deve ser sempre feita uma avaliação oftalmológica antes de se entrar para a escola” refere a médica. “Se as crianças já são seguidas regularmente e usam óculos é também uma boa altura para, no início de setembro, fazer uma reavaliação, pois as lentes dos óculos ficam muitas vezes danificadas nas férias e necessitam de uma rápida substituição”, acrescenta.
Com o novo no letivo a ser iniciado esta segunda-feira, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para a importância para a saúde ocular das crianças.
PR/HN/Vaishaly Camões
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