BE diz que há menos profissionais de saúde no SNS do que no início da pandemia

22 de Setembro 2020

A coordenadora do Bloco de Esquerda afirmou esta terça-feira que é “essencial” que o Governo reforce o número de profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS), para continuar a acudir à pandemia de Covid-19 e recuperar as listas de espera.

Em Braga, no final de uma visita do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho, Catarina Martins manifestou “enorme preocupação” por o SNS, neste momento, dispor de “muito menos profissionais” do que no início da primeira fase da pandemia.

“Todos os investimentos são importantes no SNS, mas sem gente não se consegue garantir a prestação de cuidados de saúde”, frisou.

Para a líder do Bloco, é “muito preocupante que hoje haja menos médicos no SNS do que existiam há um ano”, uma situação que diz resultar do facto de os alunos para internato não terem podido entrar, “porque os exames foram alterados por causa da pandemia”,

“Como não se encontraram alternativas, o SNS tem hoje menos médicos do que os que tinha, o que é para nós um problema”, disse ainda.

Lembrou também que os enfermeiros e assistentes operacionais que entraram no início da pandemia tinham “contratos muito precários”, que entretanto foram caducando.

“Neste momento, temos muito menos profissionais do que no início da primeira fase da pandemia”, alertou.

Catarina Martins apelou, assim, ao reforço do número de profissionais no SNS, não só porque os que estão ao serviço se encontram “completamente exaustos” mas também porque é preciso continuar a responder à pandemia e recuperar as listas de espera.

Aludiu que o BE tinha feito um acordo com o PS para o Orçamento do Estado de 2020 que previa a contratação de 8.400 profissionais em dois anos para o SNS.

“A pandemia só veio dar mais razão. É importante que o Governo execute o que estava no Orçamento para este ano e que garanta o reforço do SNS”, enfatizou.

À boleia da visita ao Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho, Catarina Martins disse que os investigadores são “o melhor que o país tem” e apelou à criação de condições para fixar os que estão em Portugal e resgatar os que emigraram.

“Um país que aposta na ciência será, seguramente, mais forte, todos os dias”, rematou.

LUSA/HN

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