“Desconhece-se o número total de profissionais da GNR infetados desde o início da pandemia, motivo pelo qual importa, com urgência, encetar esforços que promovam rastreios periódicos a estes agentes da segurança pública”, refere um comunicado da APG.
Considera a associação que o contexto que vivemos é preocupante e exige medidas preventivas e proatividade na estratégia de combate à disseminação da doença e que nesse sentido o exemplo “deve vir de cima”.
A associação faz alusão às comemorações do dia da Unidade da Unidade de Controlo Costeiro que hoje decorrem com a presença do ministro da Administração Interna, e que “poderia se assinalada com dignidade, mas com maior discrição no número de participantes”.
Na nota, a associação refere também o surto de covid-19 detetado no Quartel do Carmo, no Porto, onde estão 31 militares infetados a recuperarem no domicílio e 17 outros em isolamento a aguardar resultado do teste.
Segundo o APG/GNR, nos dois almoços de despedida do comandante da unidade, ninguém pode garantir se foram ou não cumpridas as regras de segurança sanitária, “até porque trata-se de um local onde diariamente é servido um número superior de refeições”.
Para a associação, é inadmissível que “existam Unidades que têm um entendimento diferente das orientações dadas pela linha [SNS 24] ou mesmo que dificultem o reconhecimento das baixas médicas correspondentes aos isolamentos profiláticos.
Entretanto, a GNR abriu um inquérito para averiguar as circunstâncias em que ocorreram dois almoços festivos com militares do Comando Territorial do Porto e que deu origem a casos positivos tendo também desinfetado das instalações.
A Guarda esclarece que abriu um processo interno para averiguar as circunstâncias em que ocorriam estas iniciativas, mas garante que da situação “não resultou qualquer limitação ao cumprimento da missão” da Guarda Nacional Republicana, pois o efetivo daquela unidade é de 1.625 militares.
LUSA/HN
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