Brasil supera os 5,4 milhões de casos e totaliza 157.397 mortos

27 de Outubro 2020

O Brasil ultrapassou esta terça-feira os 5,4 milhões de infetados pelo novo coronavírus (5.409.854) e totaliza 157.397 mortos devido à Covid-19, informaram as autoridades de saúde do país.

Desse total, 263 óbitos e 15.726 novos casos foram contabilizados nas últimas 24 horas, momento em que a letalidade da Covid-19 no Brasil se encontra fixada em 2,9%.

Já um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, anunciou que o país somou 288 vítimas mortais e 17.791 infetados nas últimas 24 horas, totalizando 5.411.550 casos e 157.451 vítimas mortais.

O Brasil, com 212 milhões de habitantes, é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao ocupar a segunda posição mundial na lista de nações com maior número de mortos e a terceira em relação aos casos de infeção.

O Brasil é também um dos países com mais pacientes recuperados (terceira posição mundial), com 4.865.930 pessoas a superarem a Covid-19, enquanto que 386.527 infetados estão sob acompanhamento médico.

O Ministério Público Federal (MPF) brasileiro abriu hoje um procedimento para acompanhar o processo de escolha de possíveis vacinas contra a Covid-19 e o planeamento para a vacinação da população brasileira.

O MPF pediu ainda explicações ao Ministério da Saúde sobre a exclusão de vacinas em desenvolvimento contra o novo coronavírus do calendário nacional de imunização, como é o caso da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.

No total, foram enviados pedidos de esclarecimento ao Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ao Instituto Butantan e à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. Todos os órgãos têm 15 dias para responder aos pedidos do MPF.

A vacina Coronavac tem sido alvo de uma forte disputa política no Brasil, principalmente entre o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e João Doria, governador de São Paulo e adversário político do chefe de Estado.

O Governo de São Paulo aliou-se à Sinovac para coordenar a última fase dos ensaios clínicos da Coronavac em território brasileiro, e assinou um contrato que incluiu a aquisição e distribuição de 46 milhões de doses do imunizante.

Por sua vez, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou na última terça-feira a intenção do Governo central de comprar mais 46 milhões de doses da fórmula chinesa, ainda em estudo.

Porém, um dia depois, Bolsonaro desautorizou o seu ministro, através das redes sociais, e vetou a compra da Coronavac, argumentando que o imunizante ainda nem sequer havia superado a fase de testes clínicos.

A recusa do chefe de Estado brasileiro contrasta com um outro acordo – firmado pelo seu governo com a Universidade de Oxford e com o laboratório AstraZeneca – para a compra de 100 milhões de doses da vacina, que ambas as instituições desenvolvem e que se encontra na mesma fase de estudos que o imunizante da Sinovac.

João Doria disse hoje, em conferência de imprensa, que as primeiras seis milhões de doses da vacina Coronavac chegarão a São Paulo até à próxima segunda-feira, mas só poderão ser aplicadas após aprovação da Anvisa.

Até ao momento, o executivo brasileiro prevê ter disponíveis cerca de 140 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 no primeiro semestre de 2021: 100 milhões de doses via AstraZeneca/Oxford, e 40 milhões via COVAX Facility, iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Cólera mata 17 pessoas em Angola em 24 horas

O número de casos de cólera em Angola continua a aumentar, totalizando 7.284 desde 07 de janeiro, com mais 165 registos e 17 mortes nas últimas 24 horas, o maior número desde o início do surto.

Entrevista exclusiva: Dulce Bouça revela o sucesso do projeto RIPA

O projeto RIPA, uma abordagem inovadora no tratamento das perturbações do comportamento alimentar em Portugal, tem apresentado resultados promissores. Numa entrevista exclusiva ao Healthnews, a Psiquiatra Coordenadora Dulce Bouça destaca o sucesso do modelo de Hospital de Dia, que evita o internamento tradicional e prioriza a manutenção das ligações familiares e sociais, com 90% das participantes a evitarem agravamento ou internamento.

Erica Nishimura: Desvendando novos horizontes na terapia da diabetes

Em entrevista exclusiva ao Healthnews, a Professora Erica Nishimura (na imagem), vice-presidente científica para a área da Diabetes, Obesidade e MASH (acumulação de gordura no fígado) no Departamento de Investigação e Desenvolvimento Precoce na Novo Nordisk, partilha insights sobre os avanços revolucionários no tratamento da diabetes. Desde análogos de insulina sensíveis à glucose até terapias semanais, Nishimura revela como estas inovações estão a transformar a gestão da doença

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights