Para tentar conter o aumento diário de novos casos de Covid-19, que quase atingiu, na semana passada, os 20 mil, o governo optou por fechar, a partir de hoje, e durante um mês, bares, cafés, cinemas, teatros, museus e outros estabelecimentos.
Os restaurantes podem abrir, mas apenas para serviços de entrega, e os hotéis só estão autorizados a receber hóspedes em viagens de trabalho. Escolas e jardins-de-infância permanecem abertos, desde que cumpram as regras de distanciamento social e higiene.
Ainda assim, a chanceler não garantiu que as medidas deixem de vigorar já no próximo mês, apelando a todos para que cumpram as novas regras, com o objetivo de conseguir um dezembro “suportável”.
As Unidades de Cuidados Intensivos do país estão a prever um recorde de pacientes. De acordo com Geral Gass, presidente da Sociedade Alemã de Hospitais, “em duas ou três semanas será ultrapassado o número de pacientes em terapia intensiva que foi registado em abril”.
Em declarações ao jornal “Bild”, sublinhou que “não há como evitar isso”, já que “qualquer pessoa que precisar de ser internada daqui a três semanas, já está infetada hoje”, alertando ainda para a grave falta de pessoal de saúde.
Em conferência de imprensa hoje, Merkel avisou que o sistema de saúde está cada vez mais a aproximar-se dos “limites humanos e estruturais”, algo que “nenhum governo se pode permitir”.
A chanceler lançou mais uma vez um apelo a toda a população para que fique em casa, sempre que possível, privilegiando o trabalho desde casa.
A Alemanha registou nas últimas 24 horas 12.097 casos de Covid-19 para um total de 545.027 desde o início da pandemia. Houve ainda mais 49 vítimas mortais, elevando o valor total a 10.530.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.544 pessoas dos 144.341 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
0 Comments