Segundo a OE, estes países estão a oferecer “contratos anuais, transporte e alojamento gratuitos”, sublinhando que as propostas “são agora mais e com condições mais vantajosas por parte de hospitais, mas também de lares”.
“Só de Espanha houve cinco contactos nos últimos dias, desde a Galiza às Canárias, com ofertas de 30 mil euros brutos anuais. Já a Holanda está a oferecer, além das melhores condições remuneratórias, casa, transporte e curso da língua”, refere.
Esta situação – insiste – “preocupa a Ordem dos Enfermeiros, que reitera ao Governo a necessidade de encontrar mecanismos de fixação dos enfermeiros em Portugal, que não passam pela oferta de contratos de quatro meses, como temos vindo a alertar”.
A Ordem lembra que, “apesar de ser unânime o reconhecimento do trabalho dos Enfermeiros no combate à pandemia, não há qualquer incentivo, subsídios de risco ou penosidade, nem remunerações dignas” e que só em 2019 mais de quatro mil enfermeiros solicitaram à Ordem a declaração para efeitos de emigração, um número recorde que triplicou em relação a 2017 e que representa um aumento de 64% face a 2018.
Em comunicado, a OE sublinha que “há quase 20 mil enfermeiros no estrangeiro” e que “o Governo deveria preocupar-se em criar mecanismos para que possam voltar”.
“Face à situação que estamos a atravessar, após oito meses de pandemia com enfermeiros exaustos e muitos infetados, impedidos de trabalhar, é imperativo que seja revista a forma de contratação de Enfermeiros, bem como as suas condições laborais”, considera.
“Não podemos continuar a comprar ventiladores e a exportar enfermeiros”, diz a bastonária da OE, Ana Rita Cavaco, citada no comunicado.
LUSA/HN
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