368 casos entre reclusos, trabalhadores das prisões e jovens em centros educativos

16 de Novembro 2020

Um total de 368 casos positivos à covid-19 entre trabalhadores, reclusos e jovens internados em centros educativos já foram registados em cerca de 20.000 pessoas da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, informou hoje a instituição.

Segundo informação enviada à agência Lusa pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), contabilizam-se 368 casos positivos ao novo coronavírus repartidos por 81 de trabalhadores (54 guardas prisionais, 15 profissionais de saúde, seis técnicos profissionais de reinserção social, dois auxiliares técnicos, dois professores, um auxiliar de cozinha e um segurança de empresa privada) e 285 reclusos e duas crianças filhas de reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires.

Há ainda a registar, de acordo com a DGRSP, 152 casos recuperados, sendo 83 de trabalhadores, 65 de reclusos e quatro de jovens internados em Centros Educativos.

Assim, e ainda segundo informação da DGRSP, existem 93 reclusos e seis trabalhadores do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) que testaram positivo, faltando ainda conhecer resultados de 31 reclusos.

A DGRSP refere a propósito que, no âmbito do plano de contingência, determinou “a afetação dos reclusos positivos, genericamente assintomáticos, a uma única Ala do EPL, onde permanecerão em isolamento, separados da restante população prisional e sob vigilância e acompanhamento de pessoal clínico do EPL”, tendo, entretanto, os Sapadores Bombeiros de Lisboa já procedido a duas desinfeções nas instalações do EPL.

Quanto ao Estabelecimento Prisional de Guimarães (EPG) foram testados, no sábado, todos os reclusos, tendo a totalidade dos resultados recebidos indicado haver 23 reclusos positivos naquela cadeia.

Também ao abrigo do plano de contingência, a DGRSP determinou a afetação dos reclusos positivos, genericamente assintomáticos, a um único espaço físico do EPG onde permanecerão em isolamento, separados da restante população prisional e sob vigilância e acompanhamento de pessoal clínico.

“Entre os trabalhadores do Estabelecimento Prisional de Guimarães, testados a 31 de outubro no contexto de triagem preventiva, registam-se três casos positivos que decorrem da vida privada das pessoas, tendo hoje sido novamente testados todos trabalhadores, incluindo os da empresa externa que presta serviços a este estabelecimento prisional”, revela ainda a DGRSP.

Acrescenta que foi igualmente feita, com a colaboração da Câmara Municipal de Guimarães, uma desinfeção de todas as áreas comuns do EPG.

Por outro lado, após a testagem de todos os trabalhadores e reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires (EPT), a DGRSP recebeu os resultados finais no passado dia 09, havendo 148 reclusas positivas à covid-19, duas crianças que se encontram com as suas mães e oito trabalhadores (cinco guardas prisionais, dois profissionais de saúde e uma auxiliar de cozinha de empresa externa).

As reclusas positivas, genericamente assintomáticas – indica a DGRSP – foram afetadas a um Pavilhão do EPT, onde permanecerão em isolamento, separadas da restante população prisional, e sob vigilância e acompanhamento, permanente (24 horas), de pessoal clínico do Hospital Prisional (Caxias) que foi para o efeito convocado.

“As duas crianças que acusaram positivo, e se encontram assintomáticas, estão na companhia das mães neste pavilhão que foi destinado ao acompanhamento e vigilância médica dos casos positivos à covid 19, tendo tido consulta pediátrica em hospital do Serviço Nacional de Saúde, após o que retornaram ao EPT, onde se encontram na companhia das mães”, precisa a DGRSP.

A mesma direção-geral, tutelada pelo Ministério da Justiça, avança que já se realizaram novos testes às reclusas do EPT que anteriormente acusaram negativo, indo realizar-se, na terça-feira, nova testagem às que se encontram positivas.

Deste modo, no Estabelecimento Prisional de Tires, Lisboa e de Guimarães encontram-se suspensas as atividades de formação escolar e profissional e de trabalho, bem como as visitas, com exceção das dos advogados.

“Os reclusos, a quem são diariamente entregues máscaras, manterão, naturalmente, o direito legalmente consagrado a recreio a céu aberto e a telefonar. Os trabalhadores em serviço nos espaços em que se encontram alojados os reclusos positivos à covid-19 estão apetrechados com o equipamento de proteção individual adequado, nomeadamente máscaras FFP2”, esclarece ainda a DGRSP.

A DGRSP realça que, em articulação estreita com a saúde pública e seguindo os seus planos de contingência, está “empenhada na contenção destes surtos”, para salvaguarda da saúde dos reclusos e dos trabalhadores.

LUSA/HN

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