“Os governos têm de encontrar alternativas ao encerramento das fronteiras e às quarentenas, implementando testes sistemáticos e rápidos, precisos, escaláveis e acessíveis, a todos os viajantes internacionais antes da partida”, defendeu a RENA, em comunicado enviado às redações, acrescentando que vê “com grande apreensão as atuais restrições a viagens”.
“As restrições de viagens e fronteiras, incluindo as quarentenas, estão a causar devastação económica e paralisaram virtualmente a indústria da aviação comercial internacional”, sublinhou a associação.
A RENA adiantou que, nas últimas semanas, algumas companhias aéreas a nível mundial têm lançado iniciativas com testes antigénio rápidos, realizados nos aeroportos por profissionais de saúde.
Os passageiros recebem o resultado do teste antes do embarque e só podem embarcar os que tiverem resultado negativo para a presença do novo coronavírus, sendo os restantes redirecionados para voos alternativos.
“Estes testes rápidos reforçam a segurança do transporte aéreo e transmitem confiança”, apontou, na mesma nota, o presidente da RENA, Paulo Geisler.
“Além de inúmeras medidas já estabelecidas nos aeroportos e a bordo, as companhias aéreas trabalham em estreita colaboração com especialistas médicos para encontrar outras soluções que tornem as viagens ainda mais confortáveis e seguras”, acrescentou.
Assim, a associação apela ao Governo para que impulsione a implementação de testes rápidos, “por exemplo, através do rastreio rápido das aprovações regulamentares”, e que dê prioridade à aviação quando se trata de atribuir testes rápidos disponíveis.
A RENA defendeu ainda que as normas globais de testes sejam acordadas através da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), para que os testes administrados numa jurisdição no momento da partida sejam aceites por outras jurisdições à chegada.
“Os testes de antigénios são muito mais rápidos e baratos do que os testes existentes de reação padrão de polimerase em cadeia (PCR) e podem cada vez mais fornecer níveis comparáveis de exatidão”, afirmou a associação.
Assim, para serem adequados para utilização como parte do processo de viagem, aqueles testes devem satisfazer vários critério: exatidão certificada por autoridades nacionais ou internacionais de renome, resultados em 20 minutos, testes em escala suficiente com processamento simultâneo de várias centenas de testes por hora, facilidade de utilização e acessibilidade de preços (a nova geração de testes rápidos custa menos de 10 euros por teste).
“Sendo o avião o meio de transporte mais seguro existente, a inclusão dos testes antigénios rápidos reforçaria ainda mais esta vertente”, reforçou Paulo Geisler, apontando que a manutenção das infraestruturas de tráfego existentes de e para Portugal “é da maior relevância” para a retoma do turismo e da economia.
LUSA/HN
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