Em comunicado, a PlataformaDança – Associação Nacional de Dança refere que os dados recolhidos no barómetro indicam que também mais de metade (53%) dos profissionais considera que “a situação vai ficar pior ou extremamente pior” e que 12% das escolas já encerrou definitivamente.
Caso continuem as restrições impostas pela pandemia, metade dos estabelecimentos de ensino está em risco de encerrar nos próximos meses.
A faturação das escolas também sofreu uma redução superior a 50% e 40% das companhias de dança viu a totalidade dos seus espetáculos cancelados, entre 01 de março e 01 de outubro.
Perante estes dados, a plataforma conclui que a dança “a dança não aguenta mais restrições e que são necessários apoios e estímulos concretos para a retoma”.
Os indicadores recolhidos mostram que 77% das pessoas que exercem a profissão têm formação superior especializada, 75% dos profissionais que mantêm atividade é trabalhador independente (recibos verdes) e que pelo menos 5% do total dos profissionais abandonaram a profissão.
O questionário do terceiro trimestre do ano teve o enfoque no impacto da covid-19 no setor e foi dirigido a bailarinos, professores, coreógrafos, escolas e companhias de dança, tendo sido realizado entre 26 e 31 de outubro, ou seja, antes de serem conhecidas as novas medidas do estado de emergência.
A PlataformaDança – Associação Nacional de Dança foi constituída no final de setembro para reunir profissionais e instituições da dança, de todo o país, desde bailarinos, professores, escolas e companhias, e defender os interesses específicos da área.
O setor das escolas de dança envolve aproximadamente 500 estabelecimentos de ensino, 70.000 alunos e 5.000 profissionais, segundo os dados da plataforma.
LUSA/HN
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