“Estamos com cerca de 46 doentes na unidade de cuidados intensivos (UCI), muito próximo do limite de capacidade, que na UCI não é apenas de camas, mas fundamentalmente de recursos humanos”, afirmou o presidente do CHUC, Carlos Santos, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra.
Segundo Carlos Santos, há 49 camas de nível 3 na UCI e 16 de nível 2, frisando que ainda há disponibilidade de algumas camas num piso dos Hospitais da Universidade, mas que o problema situa-se na “disponibilidade imediata de recursos humanos”.
O responsável alertou ainda que o aumento de camas na unidade de cuidados intensivos para doentes Covid-19 também implica a desativação de outras atividades do hospital.
“De cada vez que acionamos um maior número de camas em cuidados intensivos, é necessário mobilizar profissionais de outras especialidades”, explicou, salientando que, por exemplo, a atividade cirúrgica no Hospital dos Covões, que faz parte do CHUC, está parada.
De acordo com Carlos Santos, para além da capacidade de UCI, o CHUC tinha um dispositivo de 90 camas em enfermaria para doentes estáveis de Covid-19, que neste momento já se situa nas 150 camas, havendo, de momento, quatro vagas.
Questionado pelos jornalistas, o presidente do CHUC confirmou que houve um surto que afetou alguns profissionais no Hospital dos Covões na semana passada, referindo que esses mesmos profissionais estão em isolamento profilático, não tendo informação de quantos é que foram infetados.
LUSA/HN
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