Em comunicado, o Governo local informou que os vestígios do vírus foram detetados em embalagens de lombo bovino desossado congelado, comprados a uma empresa da cidade de Wuxi, na mesma província.
A produção das embalagens data entre 27 e 31 de julho deste ano, lê-se na mesma nota.
O supermercado RT Mart, de Tongzhou, comprou 182,5 quilos daquela carne e vendeu 123 quilos aos consumidores.
As autoridades retiraram já o produto do supermercado, que também foi desinfetado, e submeteram os funcionários e consumidores a testes de ácido nucleico, mas até agora os resultados foram negativos.
Não é a primeira vez que a China encontra vestígios do vírus em embalagens de alimentos congelados importados do Brasil.
Na segunda-feira, as autoridades sanitárias de Wuhan, a cidade chinesa onde foram diagnosticados os primeiros casos de Covid-19, detetaram vestígios do novo coronavírus em embalagens de carne suína brasileira.
Em agosto, as autoridades da cidade de Shenzhen, sul da China, afirmaram ter encontrado restos na superfície de um lote de asas de frango congelado importado do Brasil.
As autoridades do país alegam que alimentos congelados importados, principalmente carnes e peixes, são a principal origem de novos surtos do vírus na China.
A Comissão Nacional de Saúde da China informou hoje que houve um caso de contágio local na região da Mongólia Interior, ao qual deve ser adicionado outro positivo, na província de Heilongjiang, no nordeste do país.
O número total de infetados ativos na China continental é atualmente 285, entre os quais cinco estão gravemente doentes.
A China respondeu por 40% das exportações do setor agroalimentar do Brasil no primeiro semestre deste ano.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.557.814 mortos resultantes de mais de 68,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 5.192 pessoas dos 332.073 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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