Enfermeiros concordam com plano de vacinação mas alertam para sobrecarga

11 de Dezembro 2020

A Ordem dos Enfermeiros (OE) considerou esta sexta-feira que o plano de vacinação contra a Covid-19 se “adequa à realidade nacional”, mas alertou que a sua implementação implica uma sobrecarga para os serviços de saúde que “importa conhecer e acautelar”.

“A Ordem dos Enfermeiros acompanha a estratégia recomendada, centrando a sua operacionalização e implementação na estrutura de vacinação existente no país, até pelas particulares condições em que esta campanha de vacinação será realizada”, referiu a estrutura representativa dos enfermeiros portugueses.

Na apreciação ao Plano de Vacinação enviada ao coordenador Francisco Ramos, a OE salientou que a decisão das vacinas contra a Covid-19 serem administradas em unidades de saúde é “coerente com os princípios de segurança, adequação e qualidade na prestação de cuidados, particularmente exigíveis neste contexto”.

Sobre as equipas de vacinação, a ordem alertou que o plano “implica uma sobrecarga para os cuidados de saúde primários, com “importante impacto” na organização das equipas que “importa acautelar”.

A OE recomenda ainda a inclusão dos profissionais de saúde que estão afetos aos serviços profissionais entre os grupos prioritários a vacinar, considerando “essencial que a Direção-Geral da Saúde emita atempadamente as normas clínicas de acordo com as especificações e características de cada uma das vacinas” que estarão disponíveis em Portugal.

No que se refere aos postos de vacinação, a OE sugeriu que, além do alargamento dos horários, sejam convertidas as áreas das consultas externas dos hospitais para a vacinação contra Covid-19 aos fins de semana.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.580.721 mortos resultantes de mais de 69,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 5.373 pessoas dos 340.287 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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