“A informação que recebi do vice-ministro do Interior é de que o cidadão timorense morreu devido à Covid-19. Formalmente ainda aguardamos a informação da embaixada em Jacarta”, disse à Lusa Adaljiza Magno.
Dados preliminares indicam que a vítima é um homem de 51 anos que morreu no fim de semana na cidade indonésia de Surabaya.
“O protocolo internacional da Organização Mundial de Saúde não autoriza a transladação do corpo de pessoas que tenham morrido devido à Covid-19”, explicou.
“Este é o segundo cidadão timorense que morreu com a Covid-19 e, como ocorreu no primeiro caso, o corpo será sepultado na Indonésia”, explicou.
Adaljiza Magno explicou também que o Governo mantém até pelo menos quinta-feira o fecho das fronteiras do país, uma decisão que poderá ser alargada e que será analisada “faseadamente”.
Apesar do fecho de fronteiras, manter-se-á o voo do Programa Alimentar Mundial (PAM) – voos usados por funcionários internacionais e para o transporte de bens de emergência – e um voo da AirNorth, esta semana, a partir de Darwin, com material médico.
“Depois do dia 7 [quinta-feira] vamos ver o que ocorre. É competência do ministro do Interior decidir se continuam a fechar-se as fronteiras ou não. Tudo depende da situação e da capacidade de o Ministério da Saúde organizar a quarentena”, sublinhou.
“Em princípio, e se a situação continuar assim, teremos que prolongar o fecho das fronteiras durante algum tempo”, disse.
Adaljiza Magno disse ainda que está à espera que o Ministério da Saúde defina a política de vacinação a adotar em Timor-Leste.
“Ainda estamos à espera de definição do Ministério da Saúde. Eu própria também preciso de saber esta política para eventualmente negociar com os parceiros de desenvolvimento”, disse.
A governante recordou que o Governo australiano anunciou no final de outubro um programa de apoio no valor de 500 milhões de dólares australianos (314,6 milhões de euros) para programas de vacinação da Covid-19 no sudeste asiático e pacífico, incluindo Timor-Leste.
Camberra anunciou ainda um apoio de 80 milhões de dólares australianos (50,4 milhões de euros) para o programa Covax, que pretende melhorar o acesso a vacinas seguras, eficazes e mais baratas a 92 países, entre eles Timor-Leste.
“Não sabemos ainda que parte cabe a Timor-Leste, mas temos a possibilidade de acesso a estes fundos”, disse.
“Em princípio, estes programas destinam-se numa primeira fase à vacinação de trabalhadores da linha da frente e idosos, cabendo depois ao Ministério da Saúde decidir se pedimos apoio a outros países ou se compramos as vacinas para o resto do programa de vacinação.
Timor-Leste tem atualmente 15 casos ativos de Covid-19, todos importados, o maior número de casos desde maio.
O país está em estado de emergência devido à pandemia até pelo menos o início de fevereiro, tendo o estado de exceção sido renovado várias vezes desde o início da pandemia.
LUSA/HN
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