OMS contra certificados de vacinação como condição para entrada nos países

15 de Janeiro 2021

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou hoje que se opõe, "por enquanto", à introdução de certificados de vacinação contra a covid-19 como condição para permitir a entrada de viajantes num país.

“Ainda existem muitas dúvidas fundamentais em termos da eficácia das vacinas para reduzir a transmissão [do vírus] e as vacinas estão disponíveis apenas em quantidades limitadas”, adiantou o Comité de Emergência da OMS nas suas recomendações, ao acrescentar que a prova de vacinação não deve isentar outras medidas de prevenção sanitária.

O Comité de Emergência da OMS reúne-se periodicamente para analisar a situação da covid-19, mas esta reunião – a sexta desde que a pandemia foi declarada – foi antecipada duas semanas devido ao surgimento de várias variantes do coronavírus especialmente contagiosas e que estão em circulação em dezenas de países.

O primeiro-ministro, António Costa, propôs hoje que a União Europeia inicie já o processo para a existência de um certificado de vacinação homogéneo entre os Estados-membros e considerou essencial garantir a liberdade de circulação no espaço europeu.

António Costa assumiu esta proposta em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Centro Cultural de Belém, após uma reunião plenária entre o Governo português e o colégio de comissários europeus.

“Há várias formas de harmonizar critérios: pode ser o atestado de vacinação ou o teste negativo. Nesta reunião com a Comissão Europeia, insisti que o certificado de vacinação deveria ser homogéneo e aprovado tão rapidamente quanto possível”, declarou.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos dois milhões de mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 8.543 pessoas dos 528.469 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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