Em comunicado enviado à agência Lusa, a AGAP sugere a criação de linhas de apoio a fundo perdido para que os clubes possam compensar a diminuição da faturação, o apoio dos profissionais de exercício físico através de um subsídio com o valor máximo de 1 IAS (Indexante de Apoio Social) mensal e, ainda, a constituição de uma linha de apoio à tesouraria das empresas do setor.
“A Portugal Activo|AGAP está a encarar com muita preocupação a situação de centenas de clubes de ‘fitness’ e saúde e de milhares de profissionais do setor. Cerca de 300 clubes já encerraram e cinco mil profissionais perderam o emprego. Mesmo estando solidária com a atual conjuntura de emergência do país, onde todos devem cumprir escrupulosamente as regras de confinamento, a associação apela à definição urgente de medidas por parte do Governo”, pode ler-se no comunicado.
A associação adverte que “sem a atribuição de apoios específicos para o setor, entrar-se-á numa situação de possível disrupção irreversível”, com “impactos gigantes na destruição de valor no setor e na saúde dos portugueses”.
Revelando que há quebras de faturação que ultrapassam os 50%, José Carlos Reis, presidente da AGAP, frisa que a operacionalização de medidas é “decisiva” para a sobrevivência de muitas empresas e alerta para as consequências económicas e de saúde deste desfecho.
“Se nada for feito, Portugal vai continuar a marcar passo nesta área e a ocupar um lugar na cauda da Europa, com centenas de empresas a desaparecerem e o desemprego a aumentar exponencialmente. Há décadas que o nosso país tem um dos índices de atividade física mais baixos da Europa, o sedentarismo é um dos fatores que mais contribui para uma morte prematura e é importante relembrar que estar saudável não é só estar livre de Covid-19”, conclui o presidente da AGAP.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.041.289 mortos resultantes de mais de 95,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.246 pessoas dos 566.958 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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