Em resposta à agência Lusa, a Universidade do Porto afirmou que o conselho de diretores das 14 unidades orgânicas se reuniram para analisar e ponderar sobre o decreto do Governo que determina a suspensão das atividades letivas e não letivas presenciais, sem prejuízo das épocas de avaliação em curso.
No âmbito da reunião extraordinária, ficou decretado que quando a faculdade considerar “exequível e justo” para todos os estudantes os exames podem ser realizados à distância.
Paralelamente, quando tal não for “adequado ou justo”, uma vez que muitos exames já foram realizados, devem ser “mantidas as avaliações presenciais, de acordo com o calendário previsto”.
O conselho de diretores da U.Porto decidiu também que, caso seja entendimento da faculdade, pode ser criada uma época especial, preferencialmente no fim do ano letivo, aberta aos estudantes que “justificadamente e no contexto pandémico estejam impossibilitados de comparecer nas épocas em curso”.
Na quinta-feira, em declarações à agência Lusa, o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) afirmou que as medidas anunciadas pelo Governo para as universidades surgem “na altura certa”.
“O anúncio vem na altura certa, na medida em que havia algumas universidades nas zonas do país onde a situação é mais critica neste momento, que estavam a ter alguma dificuldade em manter um clima de confiança dentro das instituições”, afirmou António Sousa Pereira.
O presidente do CRUP e também reitor da Universidade do Porto disse esperar que as medidas “contribuam para achatar a curva e controlar a difusão da doença”, mas também a tranquilizar as pessoas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quinta-feira que “no âmbito da autonomia universitária”, as instituições do ensino superior “devem adotar as devidas medidas, tendo em conta que alguns dos estabelecimentos estão neste momento em avaliações e poderão ter de reajustar esse calendário de avaliações”.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.092.736 mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.920 pessoas dos 609.136 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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