Ordem do Centro envia lista à ‘task force’ com 1.037 médicos por vacinar

4 de Fevereiro 2021

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) enviou para o novo coordenador do Plano de Vacinação contra a Covid-19 uma lista com 1.037 médicos da região ainda por vacinar que integram grupos prioritários.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a instituição refere que “perante a gravidade da situação, reportada insistentemente à Ordem dos Médicos, a Secção Regional do Centro assinala que este número poderá estar aquém dos que ainda não integraram a vacinação”.

A título de exemplo, reporta que destes 1.037 médicos que “ainda não foram vacinados e nem sequer chamados para tal, 29,89% fazem urgência”.

Adianta ainda que desta lista, 65,19% estão no setor privado.

“Temos recebido muitas queixas de médicos na sequência de falta de vacinação, quer nos hospitais e centros de saúde do SNS [Serviço Nacional de Saúde] quer noutros locais, tais como clínicas, consultórios e ou outras instituições prestadoras de cuidados de saúde. O volume de queixas é inédito. Nunca, num mês, a Ordem dos Médicos recebeu tantas queixas e pedidos de ajuda”, afirma o presidente da SRCOM, Carlos Cortes.

Segundo a instituição, os dados revelam que o País ainda está muito longe de ter vacinados os grupos prioritários da primeira fase, designadamente a vacinação dos médicos quer do SNS, quer do setor privado e social.

“Apelamos a que não se deixe os profissionais de saúde desprotegidos. Todos estão em grande esforço, a dar o seu contributo inestimável neste momento crítico da pandemia”, refere Carlos Cortes.

Adianta ainda que, além dos médicos especialistas, há médicos internos de formação geral e formação específica que estão a aguardar a inoculação pela vacina contra a Covid-19.

O responsável da SRCOM entende que “é urgente exigir ao Ministério da Saúde/task force/e Administração Regional de Saúde do Centro que possam acautelar de imediato que nenhum médico fica de fora no âmbito deste plano de vacinação, independentemente do local onde trabalhe”.

“O que temos assistido – com a usurpação de vacinas e desrespeito das prioridades – tem de ser investigado, corrigido, identificando os responsáveis”, conclui.

Lusa/HN

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