“Apoio totalmente a abordagem europeia que temos adotado”, declarou o chefe de Estado francês durante uma conferência de imprensa conjunta com Angela Merkel, após um conselho de defesa franco-alemão.
“O que diríamos se a França e a Alemanha estivessem agora a competir em matéria de vacinas?”, interrogou o governante francês, respondendo logo de seguida: “Isso seria contraproducente”.
Por sua vez, a chanceler alemã frisou que a decisão de encomendar em conjunto as doses das vacinas contra a covid-19 foi e continua a ser a mais “acertada”.
Mas, segundo admitiu Merkel, “as capacidades de produção não são tão grandes como imaginávamos”.
“O que devemos preparar agora são as aquisições e a produção adicional de vacinas em nosso território”, acrescentou ainda Macron.
A Comissão Europeia, que negociou as pré-encomendas de vacinas contra a doença covid-19 em nome dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE), tem sido alvo de críticas após o registo de atrasos na campanha de vacinação.
A Europa, região do mundo que integra a UE e que totalizava até hoje (às 11:00 em Lisboa) 762.486 mortes em 34.173.922 casos de infeção pelo novo coronavírus confirmados, tem atualmente um registo de vacinação inferior em relação a certos países, como é o caso do Reino Unido, onde os apoiantes do ‘Brexit’ têm encarado tal situação como uma confirmação de que o país tomou a decisão certa ao sair do bloco comunitário.
Os líderes de quatro Estados-membros da UE – Grécia, Áustria, República Checa e Dinamarca – pediram hoje à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que agilize o diálogo sobre as vacinas contra a covid-19 ainda não aprovadas, para evitar problemas de distribuição.
“Com base na nossa experiência até ao momento, consideramos muito importante iniciar um diálogo com os produtores das próximas vacinas para evitar possíveis problemas antes que eles ocorram”, assinalaram os primeiros-ministros da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, Áustria, Sebastian Kurz, República Checa, Andrej Babis, e Dinamarca, Mette Fredriksen, numa carta enviada à líder do executivo comunitário.
Os quatro chefes de Governo esperam que a pressão exercida permita que as farmacêuticas “compreendam a gravidade da situação” e evite transtornos como os surgidos com a vacina da AstraZeneca/Oxford, entre outros.
A UE, que iniciou a vacinação a 27 de dezembro de 2020, já autorizou as vacinas anti-covid da Pfizer-BioNTech e da Moderna e concedeu uma autorização condicional à vacina da AstraZeneca/Oxford.
A pandemia da doença covid-19 provocou pelo menos 2.285.334 mortos resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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