Sindicato denuncia “abandono” de unidades de apoio a alunos com deficiência

8 de Fevereiro 2021

O Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) denunciou esta segunda-feira a falta de medidas de segurança nos Centros de Apoio à Aprendizagem para alunos com deficiência, acusando a tutela de abandonar estas estruturas.

Em comunicado, o sindicato considera que as unidades especializadas para apoio a estes alunos têm sido deixadas numa situação de “total abandono”, por parte do Ministério da Educação” durante a pandemia da Covid-19 e relata a falta de condições dos Centros de Apoio à Aprendizagem (CAA), onde estas unidades estão integradas.

“De acordo com os docentes que integram as unidades especializadas para apoio a alunos com deficiência, as salas onde lecionam são locais com elevado risco de contágio, onde não é possível assegurar o distanciamento social”, lê-se no comunicado.

Além do distanciamento físico, o SIPE descreve ainda espaços fechados, com aquecimento, onde os alunos passam muito tempo e “tocam em vários objetos de forma continua e indiscriminada, colocam os objetos na boca e facilmente os espalham por diferentes superfícies”.

“Nestes locais são prestados cuidados de grande proximidade durante os momentos de terapias, é feita a higiene dos alunos, assegurada a alimentação e, em certos casos, são prestados cuidados de saúde”, acrescentam.

Perante este cenário, e numa altura em que o país vive a pior fase da pandemia, os representantes dos professores e educadores falam num sentimento comum entre os profissionais de abandono por parte da tutela.

No entender do sindicato, o Ministério da Educação tem manifestado “ser pouco conhecedor da realidade em que trabalham estes profissionais que, embora considerados essenciais, não estão devidamente protegidos no seu dia a dia”.

“Dadas as características e vulnerabilidades dos alunos que frequentam as unidades especializadas dos CAA e o tipo de apoio e cuidados prestados, um caso de Covid-19 nestes locais facilmente levará a um surto”, alertam, exigindo o reforço da segurança nestas estruturas.

Entre as medidas exigidas, o SIPE quer mais equipamentos de proteção individual para os docentes e técnicos e pede que estes profissionais sejam incluídos nos grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19.

No domingo, Portugal registou 204 mortes relacionadas com a Covid-19 e 3.508 casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde março de 2020, o país já registou 14.158 mortes associadas à Covid-19 e 765.414 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.

A pandemia de Covid-19 provocou, desde março de 2020, 14.158 mortos, resultantes de 765.414 casos de infeção.

Lusa/HN

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