“Esperamos que este seja o início do fim da epidemia no país”, afirmou Mahmoud Hassoun, chefe da unidade de Medicina Intensiva do hospital Rafic Hariri, em Beirute, capital do Líbano e a principal instituição pública mobilizada na luta contra o coronavírus.
Segundo a AFP, as primeiras doses da vacina Pfizer / BioNTech (28.000) chegaram no sábado ao Líbano, um país afetado pela corrupção onde os líderes são frequentemente criticados pela gestão dos assuntos públicos e acusados de indiferença e inação.
O primeiro-ministro interino, depois de se ter demitido na sequência da explosão em 04 de agosto de 2020 no Porto de Beirute, Hassan Diab, esteve presente no momento do arranque da campanha de vacinação e prestou homenagem aos “sacrifícios” da equipa médica.
“Hoje não é minha vez”, disse Diab, de 61, respondendo assim aos rumores que afirmavam que o governante iria também ser hoje vacinado.
A primeira fase da vacinação abrange equipas médicas e pessoas com mais de 75 anos e ainda hoje funcionários de dois outros hospitais de Beirute devem receber a vacina.
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, assim como o Banco Mundial (BM) anunciaram que irão supervisionar “de forma independente” o armazenamento e distribuição das primeiras vacinas, financiadas pelo BM.
A pandemia levou a uma saturação dos hospitais e do setor médico, registando 336.992 casos, 3.961 mortes, de acordo com os últimos dados oficiais, e agravou as dificuldades dos libaneses que enfrentam aquela que é considerada a “pior crise económica” do país.
O Líbano anunciou no início de fevereiro uma “flexibilização cautelosa e gradual” do confinamento após mais de três semanas de fortes restrições para conter uma “explosão de casos” de covid-19.
LUSA/HN
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