Esse número inclui profissionais “com contratos a termo certo e contratos a termo incerto”, além de enfermeiros sem qualquer vínculo que prestam serviços ao SNS através dos chamados recibos verdes, disse à agência Lusa Paulo Anacleto, do SEP.
O dirigente falava no final de uma concentração de enfermeiros, à entrada dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), em que foi reclamada ao Ministério da Saúde a celebração de contratos sem termo com estes profissionais.
Com esse objetivo, os manifestantes dirigiram-se depois ao interior do perímetro dos HUC, polo principal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), e uma delegação do SEP foi recebida pela enfermeira diretora, Áurea Andrade, a quem entregaram um abaixo-assinado em que “exigem contratos sem termo, estáveis e com direitos” para os trabalhadores da enfermagem “que continuam em situação precária”.
Paulo Anacleto disse à Lusa que uma cópia do documento será enviada à ministra da Saúde, Marta Temido, e ao primeiro-ministro, António Costa.
Nestas “condições precárias”, segundo o sindicalista, “trabalham atualmente 1.800 enfermeiros em todo o país”, sendo 200 no distrito de Coimbra, dos quais 150 nas diferentes unidades que integram o CHUC.
“Destes, há enfermeiros que foram contratados ao abrigo do combate à pandemia da Covid-19, no dia 01 de agosto, com contratos de termo certo de quatro meses”, afirmou.
Paulo Anacleto disse que, se estes contratos não passarem a definitivos, os profissionais “vão para casa”.
“As instituições veem-se confrontadas com a possibilidade de estes enfermeiros saírem eventualmente para o estrangeiro”, alertou.
Para o dirigente do SEP, “não faz sentido manter esta precariedade ano após ano”, tendo em conta que estes enfermeiros “antes da pandemia já eram necessários”.
“Estima-se que, em Portugal, faltam cerca de 30 mil enfermeiros” no Serviço Nacional de Saúde, sublinhou.
Lusa/HN
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