Chega quer desconfinamento mais rápido, já a partir de março

8 de Março 2021

O Chega defendeu esta segunda-feira um plano de desconfinamento a duas fases, mais rápido do que o do Governo, e admitiu voltar a opor-se à renovação do estado de emergência, na quinta-feira, se este continuar a ser restritivo.

“Como não temos dinheiro para mais [nos apoios à economia], temos que reabrir”, sintetizou o deputado e líder do Chega, André Ventura, aos jornalistas, no parlamento, após a reunião, por videoconferência, com especialistas a partir do Infarmed, em Lisboa, sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.

Dado que o país não é rico “como a Alemanha e a França” que “põem dinheiro na economia”, e ao contrário das “cinco fases” que o executivo avançou na reunião para reabrir o país, em confinamento geral desde meados de janeiro, o Chega pretende duas fases, a começar, já em março.

O deputado defende, no imediato, a reabertura “da restauração com condições para venda no exterior, esplanadas, o pequeno comércio com regras, os cabeleireiros, manicures, barbeiros e ainda de serviços públicos em que seja possível cumprir as regras” de distanciamento.

André Ventura baseou-se em “dados interessantes” revelado na reunião de hoje, que apontam para um índice de transmissibilidade mais baixo na Europa, por comparação com outros países da Europa, como Espanha e França, que não estão tão fechados como Portugal.

A manterem-se estas regras, muito restritivas, e sem querer anunciar nada de definitivo para “não dar um cheque em branco” ao Governo, o Chega admite não viabilizar o estado de emergência em debate na quinta-feira, na Assembleia da República.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.593.872 mortos no mundo, resultantes de mais de 116,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.565 pessoas dos 810.459 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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