Irlanda suspende temporariamente administração da vacina da AstraZeneca

15 de Março 2021

O Governo irlandês confirmou esta segunda-feira que cerca de trinta mil pessoas não serão imunizadas esta semana com a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca, suspendendo temporariamente a sua administração.

A medida foi hoje confirmada, após quatro novos casos de coágulos sanguíneos terem sido detetados na Noruega.

O ministro da Saúde, Stephen Donnelly, disse estar confiante de que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) apresentará um “relatório positivo” sobre a vacina AstraZeneca esta semana, com vista a incluí-la novamente na campanha de imunização.

O dirigente irlandês garantiu ao canal público RTE que os afetados pela medida receberão uma “nova data” para serem vacinados e sublinhou que este atraso não “terá qualquer impacto” no calendário previsto.

A decisão do Governo de Dublin, acrescentou, segue a recomendação da Comissão Consultiva de Imunização Nacional (NIAC), que, por sua vez, se baseia em novos dados “fornecidos pela Agência Norueguesa de Medicamentos.”

O NIAC observou que as autoridades de saúde norueguesas relataram quatro novos incidentes de coágulos sanguíneos graves em adultos após serem imunizados com a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca.

Embora o NIAC tenha especificado que “as ligações entre a vacina Covid-19 da AstraZeneca e esses casos” ainda não foram estabelecidas, recomendou a suspensão da sua administração “temporariamente” como uma medida de “precaução”.

Donnelly explicou hoje que, desde o início da campanha de imunização, já foram administradas mais de 110 mil doses da vacina da AztraZeneca, cerca de 20% do total.

Até a última quinta-feira, as autoridades sanitárias haviam vacinado 426.819 pessoas com a primeira dose, enquanto 162.693 já receberam a segunda dose na Irlanda, que tem uma população de quase cinco milhões.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.649.334 mortos no mundo, resultantes de mais de 119,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

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