“Não se compreendem a resistência, as manobras de diversão e as pressões políticas para limitar a compra de vacinas a determinadas empresas anglo-americanas”, afirmou Jerónimo de Sousa, no debate com o Governo sobre política geral, na Assembleia da República, em Lisboa.
A resolução deste problema, com “a diversificação” das vacinas, afirmou, poderia ajudar a resolver os “atrasos no plano de vacinação” que sofreu um revés com a suspensão da administração da AstraZeneca.
Na resposta, o chefe do Governo, António Costa, afirmou que Portugal só pode dar vacinas que sejam licenciadas e revelou que, depois dos atrasos verificados no fornecimento das doses de vacinas, tem “encorajado” empresas de outros países, como a Rússia e a Índia, a submeterem as suas à agência europeia.
Uma frase que mereceu um comentário a Jerónimo de Sousa: “Dizem que o sr. primeiro-ministro é um otimista. Vamos ver se se concretiza com a realidade de [haver] mais vacinas atempadamente.”
Nas palavras do primeiro-ministro, o “problema não está nas patentes”, mas sim, “infelizmente”, na falta de “capacidade de produção” pelo país.
António Costa disse ainda acreditar que, apesar de todos os obstáculos, 70% da população estará vacinada até final do Verão e lembrou que este é “um processo longo” e que, mesmo que tudo tivesse corrido bem, o plano de vacinação só terminaria no primeiro trimestre de 2022.
LUSA/HN
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