“Todos os viajantes que entrarem no país vindos do Brasil ou que tenham estado no Brasil nos últimos 14 dias, irão para um hotel sanitário. Se o [teste] PCR der negativo, vão terminar a quarentena no seu domicílio”, explicou a subsecretária de Saúde, Paula Daza, numa conferência de imprensa.
A governante acrescentou que esses passageiros devem ficar, pelo menos, durante 72 horas no hotel sanitário e “depois completarem o isolamento de 10 dias em domicílio”.
As diárias no hotel, os custos de deslocações e do novo exame deverão ser pagos pelo próprio passageiro, antes mesmo de embarcarem no voo para Santiago, acrescentou.
Todos os passageiros que chegarem ao Chile de outros países têm de cumprir quarentena obrigatória de 10 dias, que poderá ser em domicílio.
As novas medidas entrarão em vigor a partir das 05:00 locais da próxima quinta-feira (dia 25) e pretende reduzir as viagens de e para o Brasil, num momento em que o Chile bate recordes diários de novos casos e tem o sistema de saúde à beira do colapso.
Hoje, pela primeira vez, o Chile teve mais de sete mil casos de covid-19, registando 7.084 novos infetados nas últimas 24 horas e ultrapassando o recorde de 6.938 casos registados em 14 de junho passado.
Há ainda a assinalar 93 mortes nas últimas 24 horas.
O Chile regista hoje 37.048 casos ativos, dos quais 2.227 estão internados nos cuidados intensivos.
A capital Santiago entrou hoje em confinamento.
Apesar da situação crítica, o país mantém todas as fronteiras abertas, sem que nenhum estrangeiro tenha restrição de acesso, independentemente do país de origem. Por via aérea, a única entrada ao país é através do aeroporto internacional de Santiago.
Até agora, os passageiros que chegam ao Chile têm de apresentar um teste RT-PCR negativo, feito na origem até 72 horas antes do voo. Ao chegarem a Santiago, devem fazer um novo teste e aguardar o resultado em domicílio.
“Todos os viajantes que derem positivo durante os primeiros 14 dias de entrada no país deverão fazer a sua quarentena num hotel sanitário e todos os viajantes que apresentarem um ou dois sintomas da doença deverão ir para um hotel sanitário até que, através de um exame PCR, seja descartado o contágio”, acrescentou Paula Daza.
O objetivo é o controlo sobre cada passageiro ser maior no hotel sanitário porque, até agora, as quarentenas em domicílios não têm uma fiscalização rígida.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.702.004 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
O Chile regista um total de 925.089 contágios e 22.180 mortos.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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