Numa cerimónia em Ramallah, o primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Shtayyeh, lançou a nova fase da campanha de vacinação, anteriormente limitada ao pessoal médico, com o enviado especial da ONU para o Médio Oriente, Tor Wennesland.
Os palestinianos com doença renal e cancro e os com mais de 75 anos de idade podem agora ser vacinados, depois de terem recebido cerca de 60.000 doses de vacinas Pfizer-BioNTech e AstraZeneca na quarta-feira, graças à ajuda às zonas pobres criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Vaccine Aliance.
A Autoridade Palestiniana aguarda também a entrega de 100.000 doses de vacina chinesa Sinopharm.
A ministra da Saúde Mai al-Kaila tinha alertado nas últimas semanas para o aumento dos contágios e para sobrelotação dos hospitais na Cisjordânia, onde está em vigor um recolher obrigatório à noite e ao fim de semana.
O Presidente Mahmoud Abbas, 85 anos, publicou uma fotografia na sua página do Facebook no sábado, mostrando-o a ser vacinado. Em finais de fevereiro surgiram rumores de que funcionários e personalidades palestinianas já tinham sido vacinados.
O Ministério da Saúde palestiniano confirmou mais tarde que a equipa nacional de futebol, ministros e membros do comité executivo da Organização de Libertação da Palestina (OLP), da qual Abbas é presidente, com mais de 65 anos de idade, tinham recebido a vacina.
Na Faixa de Gaza, para onde parte das vacinas vai ser transferida, algumas pessoas já conseguiram ser vacinadas na semana passada, depois de cerca de 40.000 doses da vacina russa Sputnik V terem sido entregues a partir dos Emirados Árabes Unidos.
O carregamento foi enviado por Mohammed Dahlane, um dissidente do movimento Fatah palestiniano no exílio nos Emirados, que já tinha transferido um lote de 20.000 doses para o enclave de dois milhões de palestinianos no final de fevereiro.
Israel, que administrou as duas doses necessárias de vacina Pfizer-BioNTech a cerca de 4,5 milhões dos seus cidadãos (quase metade da sua população), tinha prometido 5.000 doses de vacina aos palestinianos. O Estado hebreu vacinou recentemente mais de 100.000 palestinianos que trabalham em Israel ou nos colonatos da Cisjordânia.
O Ministério da Saúde palestiniano comunicou 162.835 contágios na Cisjordânia ocupada, incluindo 1.838 mortes. Na Faixa de Gaza, foram oficialmente detetadas 58.665 pessoas contagiadas, incluindo 578 mortes.
LUSA/HN
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