A medida está incluída na legislação que contém as restrições associadas à pandemia Covid-19 e que vai ser debatida na quinta-feira para entrar em vigor na próxima semana.
A nova legislação, que pretende atualizar as regras atualmente em vigor, vai permitir a realização de manifestações em determinadas circunstâncias.
As regras serão reavaliadas a cada 35 dias, podendo a proibição de viajar para fora do país prolongar-se até, no mínimo, 03 de maio, exceto para trabalho, estudos, tratamento médico, desportos de elite ou cumprimento de uma obrigação jurídica.
Pessoas que comprem ou vendam um imóvel fora do Reino Unido, ou que precisem de fazer obras de manutenção nas suas propriedades, também podem sair do país, uma exceção à qual a imprensa britânica deu a alcunha de “cláusula Stanley Johnson”, o pai do primeiro-ministro.
O antigo eurodeputado foi criticado no verão passado por ter viajado para a Grécia, ignorando os conselhos do Governo aos britânicos para evitarem viagens internacionais desnecessárias, onde possui uma vivenda que aluga durante a época de verão.
O Ministério da Saúde explicou que a legislação pretende estabelecer as bases para o levantamento total e “irreversível” do confinamento a 21 de junho, começando com a autorização para o convívio de grupos de seis pessoas ou duas famílias a partir de segunda-feira.
As próximas fases de alívio de restrições estão previstas para 12 de abril e 17 de maio, mas o Governo faz depender estas metas dos números de casos, internamentos hospitalares ou aparecimento de variantes mais perigosas do coronavírus.
As viagens internacionais para fins recreativos deverão continuar proibidas até pelo menos 17 de maio, de acordo com o plano de desconfinamento, estando um grupo de trabalho a avaliar como será possível aos setores das viagens e turismo retomarem a atividade.
Hoje, o ministro da Saúde, Matt Hancock, disse que “ainda é cedo para dizer se vai ser segura a realização de viagens internacionais para todos este verão”, referindo que a decisão vai depender da situação no início de maio.
Alertou também para o risco de um agravamento da pandemia devido aos surtos verificados atualmente em países europeus como Alemanha, França ou Polónia, repetindo o aviso feito por Boris Johnson na véspera.
“O desafio que enfrentamos é que os nossos vizinhos mais próximos estão a ter esta terceira onda. (…) Tal como vimos com a primeira e depois a segunda onda, esta onda da Europa, como disse o primeiro-ministro, vai chegar à nossa costa. Temos de fazer tudo o que pudermos para o evitar e manter as pessoas seguras”, afirmou.
Na segunda-feira, o Reino Unido relatou 17 mortes, o valor mais baixo desde setembro.
A tendência decrescente da mortalidade e hospitalizações é atribuída ao confinamento, mas também ao programa de vacinação avançado, que já chegou a 28 milhões de pessoas, mais de metade dos adultos no Reino Unido.
LUSA/HN
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