O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, disse que a Polónia atravessa o momento mais difícil no contexto da pandemia e que os serviços de saúde estão a aproximar-se do limite das suas capacidades.
Morawiecki lançou um apelo à solidariedade e colaboração nacional por parte da oposição e alertou para o facto de, se a situação da saúde não melhorar, poder ser decretado o estado de emergência.
As novas medidas anunciadas pelo ministro da Saúde, Adam Niedzielski, impõem o encerramento de todos os estabelecimentos com mais de dois mil metros quadrados, com exceção do comércio alimentício e farmácias.
Também é proibida a utilização de instalações desportivas, exceto para eventos profissionais, tendo sido decretado o encerramento de infantários, sendo admitidos apenas filhos de membros das forças de segurança e do exército.
Além disso, cabeleireiros, estúdios de tatuagem, salões de beleza e bibliotecas deverão permanecer fechados.
Niedzielski disse na quarta-feira que o Governo “apela à responsabilidade” dos religiosos de aplicar medidas de segurança durante as celebrações religiosas nos próximos dias.
Ao contrário de outros países, a Polónia nunca encerrou completamente as igrejas durante a pandemia.
Na semana passada, o Governo tinha já estendido a todo o país as limitações regionais que obrigavam o encerramento de centros culturais, escolas primárias, hotéis e restaurantes nas províncias com maior número de casos.
A Polónia atingiu o primeiro milhão de casos do novo coronavírus nove meses após a primeira infeção no país e atingiu dois milhões três meses e meio depois.
Desde que a primeira infeção devido ao coronavírus na Polónia, 2,15 milhões de casos e 50.860 mortes foram registados.
O Ministério da Saúde informou que 102.500 testes do novo coronavírus foram realizados na quarta-feira, o maior número até hoje.
Existem atualmente cerca de 435 mil pessoas em quarentena e 2.620 nos cuidados intensivos e mais de 75% das camas hospitalares e ventiladores estão ocupados em todo o país.
Quase 5,4 milhões de vacinas foram administradas até agora e espera-se chegar aos sete milhões de doses próximas cinco semanas.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.745.337 mortos no mundo, resultantes de mais de 124,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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