Vacina da Moderna começou a ser administrada no Reino Unido

7 de Abril 2021

A vacina contra a Covid-19 do laboratório Moderna começou esta quarta-feira a ser administrada no Reino Unido, numa altura em que ainda existem dúvidas sobre o composto da AstraZeneca, sob investigação por possível formação de coágulos sanguíneos. 

Elle Taylor, 24 anos, foi a primeira cidadã britânica a ser vacinada com o composto da Moderna num hospital de Carmarthen, no País de Gales.

“Eu cuido da minha avó, por isso, é muito importante para mim estar vacinada para poder tomar conta dela de forma segura”, disse Ellen Taylor à France-Presse.

As vacinas da AstraZeneca/Oxford e a Pfizer/BioNtech eram até hoje as únicas vacinas incluídas no programa de inoculação que começou em dezembro no Reino Unido.

Londres encomendou 17 milhões de doses da vacina Moderna, da qual são necessárias duas tomas.

No total, este lote de 17 milhões vai servir para vacinar 8,5 milhões de pessoas no Reino Unido.

“Por favor, apresente-se para ser vacinado assim que for contactado”, escreveu o primeiro-ministro Boris Johnson através da rede social Twitter numa altura em que ainda prevalecem inquietações sobre a vacina AstraZeneca/Oxford que pode, eventualmente, provocar coágulos nas pessoas inoculadas.

Até ao momento, e apesar das críticas, as autoridades sanitárias e políticas britânicas defendem firmemente o uso da vacina AstraZeneca/Oxford, desenvolvida no Reino Unido.

De acordo com a France-Presse, as dúvidas relacionam-se com as pessoas mais jovens, numa altura em que a maioria das pessoas com mais de 50 anos de idade já recebeu a primeira dose do composto.

Enquanto aguarda o parecer do regulador britânico (MHRA), a Universidade de Oxford anunciou, na terça-feira, que suspendeu os testes da vacina em crianças.

No passado sábado, o regulador identificou sete mortes provocadas por coágulos sanguíneos, de um total de 30 casos, quando tinham sido administradas 18 milhões de doses da vacina da AstraZeneca no Reino Unido.

A Agência Europeia do Medicamento está igualmente a avaliar se a vacina AstraZeneca/Oxford provoca ou não a formação rara de coágulos sanguíneos.

Os receios relacionados com a vacina da AstraZeneca podem fazer atrasar a campanha de vacinação no Reino Unido, o país da Europa mais afetado pela pandemia e que lamenta até ao momento 127 mil mortes por SARS CoV-2.

Três em cada cinco adultos já receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus.

O Governo pretende inocular até ao fim de julho todos os adultos residentes no Reino Unido, pelo menos com a primeira dose da vacina.

LUSA/HN

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