Alemanha classifica a Grã-Bretanha como zona de mutação das variantes

22 de Maio 2021

A Alemanha classificou a Grã-Bretanha, com efeito a partir de domingo, como zona de mutação das variantes do novo coronavírus, devido à propagação em território britânico da variante indiana, revelou hoje o instituto de vigilância sanitária Robert Koch.

A classificação terá como consequência uma limitação considerável das viagens da Grã-Bretanha para a Alemanha. Todos os viajantes provenientes deste território serão sujeitos a um período de quarentena de duas semanas, que não pode ser encurtado, mesmo que o teste seja negativo.

Esta recomendação do Instituto Robert Koch será automaticamente seguida pelo governo alemão.

O Reino Unido é o primeiro país europeu tornar-se uma zona onde o vírus e as suas variantes estão novamente a circular. Apenas 11 países na Ásia, África e América Latina pertencem atualmente a esta categoria de alto risco, de acordo com a Alemanha.

A variante indiana do vírus B.1.617.2 é considerada particularmente contagiosa e tem sido uma das principais razões para o surto de infeções na Índia nos últimos meses.

Segundo o secretário de Saúde britânico, Matt Hancock, 2.967 casos ligados à variante mais contagiosa B1.617.2 foram até agora identificados no Reino Unido, incluindo no noroeste de Inglaterra e Londres, tendo aumentado cerca de 30% desde segunda-feira.

O governo é acusado de ter sido lento a impor restrições às viagens da Índia, em abril, apesar de a situação sanitária britânica ter melhorado após um longo e rigoroso confinamento no inverno e uma campanha maciça de vacinação.

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, expressou esta manhã preocupação em relação à Grã-Bretanha, dizendo que era necessário “impedir que a variante” se espalhasse para a Alemanha, mesmo antes da nova classificação.

A Alemanha, que optou por uma política muito preventiva na luta contra o vírus, regista 3.635.162 de casos de covid-19 e 87.128 mortes, de acordo com o Instituto Robert Koch.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.432.711 mortos no mundo, resultantes de mais de 165 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

3.º Seminário sobre Linfomas da APCL: Do Diagnóstico à Retoma da Vida

A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) promove, no próximo dia 12 de abril, a 3.ª edição do Seminário sobre Linfomas, no Auditório do metro de Lisboa (Linha Azul – Estação de metro do Alto dos Moinhos). Este evento, direcionado a doentes, cuidadores e profissionais de saúde, oferece uma oportunidade única para partilhar informação atualizada e apoio a todos os que vivem com linfoma.

Bolsa da APAH vai ajudar a testar percurso específico para pessoas com comportamentos aditivos e melhorar acesso à IVG

A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com consultoria técnica da nobox e apoio da Gilead Sciences, vai ajudar a implementar dois projetos inéditos nas Unidades Locais de Saúde (ULS) da Arrábida e de Póvoa de Varzim/Vila do Conde, vencedores da 5.ª edição da Bolsa “Capital Humano em Saúde”, que tem como objetivo e implementação de projetos que melhorem a articulação dos cuidados de saúde. 

Estudo internacional identifica alvo promissor para tumores cerebrais infantis

Uma equipa internacional de investigadores identificou o receptor PDGFRA como um alvo promissor no tratamento de gliomas pediátricos de alto grau, tumores cerebrais agressivos com poucas opções terapêuticas. O inibidor avapritinib mostrou eficácia em modelos laboratoriais e humanos, abrindo caminho para novos ensaios clínicos.

Mulheres com Doença de Parkinson: Estudo Revela Subdiagnóstico

Estudo da Egas Moniz School of Health & Science destaca que as mulheres com Doença de Parkinson são frequentemente subdiagnosticadas e enfrentam desafios significativos no acesso a tratamentos especializados. A pesquisa, intitulada “Using a sex- and gender-informed lens to enhance care in Parkinson’s disease”, revela que as diferenças de sexo e género têm um impacto considerável na progressão da doença e na qualidade de vida das pacientes.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights