Estas demissões fazem parte de uma grande remodelação governamental realizada pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, após um aumento devastador nos casos de Covid-19 e antes de importantes eleições nos Estados indianos.
O ministro da Saúde foi particularmente criticado perante o aumento de casos do novo coronavírus em abril e maio, que colocou os serviços de saúde sob grande pressão em muitas áreas do país, pois os hospitais ficaram sem camas, oxigénio e medicamentos.
A Índia registou 43.733 casos de Covid-19 e 930 mortes nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde indiano, um aumento em relação à véspera, com mais nove mil infeções e mais 377 mortos.
O número de casos diários continua ainda assim abaixo dos 50 mil pelo 10.º dia consecutivo, indicou o Ministério, em comunicado.
A Índia viveu recentemente uma devastadora segunda vaga da pandemia, que atingiu o pico em meados de maio, com mais de 400 mil novos casos por dia, mas a curva de contágio tem vindo a descer nas últimas semanas.
Entre os ministros indianos que se demitiram hoje estão também os do Meio Ambiente, Prakash Javadekar, e da Educação, Ramesh Pokhriyal Nishank.
O ministro da Tecnologia da Informação, Ravi Shankar Prasad, também apresentou a sua demissão.
Prasad tem estado numa disputa nos últimos meses com o Twitter e outras redes sociais por causa de novos regulamentos que se aplicam às redes sociais na Índia.
Os novos regulamentos forçam as redes sociais a remover e rastrear até o primeiro autor de mensagens que ameaçam a segurança do Estado, a ordem pública ou a soberania do país.
No entanto, espera-se que Prasad receba um papel importante no partido de Modi, o Bharatiya Janata (BJP), antes das eleições nos Estados.
A Índia é o segundo país do mundo com mais casos de Covid-19, depois dos Estados Unidos, contabilizando atualmente mais de 30,6 milhões de infeções desde o início da pandemia, de acordo com o último balanço da Universidade norte-americana Johns Hopkins.
Com 404.211 mortos, a Índia é o terceiro país com mais mortes causadas pela Covid-19, a seguir aos EUA e Brasil.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 3.996.519 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,4 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia ou a África do Sul.
LUSA/HN
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