Lisboa e Vale do Tejo atinge 99% das camas ocupadas em cuidados intensivos

10 de Julho 2021

Lisboa e Vale do Tejo, com 82 doentes internados, atingiu 99% do limite de 84 camas de cuidados intensivos destinadas à covid-19 nesta região, indica o relatório das “linhas vermelhas” da pandemia hoje divulgado.

“A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 82 doentes internados em UCI, representa 60% do total de casos em UCI [no país] e corresponde a 99% do limite regional de 84 camas em UCI definido no relatório “linhas vermelhas””, refere análise de risco da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo os dados das autoridades de saúde, a região do Algarve apresenta 15 doentes em UCI, o que corresponde a 150% do limite definido de dez camas destinadas à covid-19.

As “linhas vermelhas” de controlo da pandemia estabelecidas por diversos especialistas preveem 245 camas como o valor crítico no conjunto dos hospitais de Portugal continental, apontando para uma distribuição regional de 85 camas no Norte, de 56 no Centro, de 84 em Lisboa e Vale do Tejo, de 10 no Alentejo e de 10 no Algarve.

O documento que estabeleceu estas “linhas vermelhas” salienta, porém, que a gestão integrada da capacidade do Serviço Nacional de Saúde pressupõe uma resposta em rede, o que significa, em medicina intensiva, que as necessidades regionais podem ser supridas com a resposta de outras regiões com maior capacidade.

Segundo o relatório de hoje, o número diário de casos de covid-19 internados em UCI no continente revelou uma tendência crescente, correspondendo já a 56% das 245 camas, quando na semana anterior estava nos 46%.

Nos cuidados intensivos dos hospitais nacionais estavam, na quarta-feira, 136 doentes, com o grupo etário com maior número de pessoas internadas nestas unidades a corresponder ao grupo etário entre os 40 e os 59 anos, indica o documento da DGS e do INSA.

“No último mês, o aumento da atividade epidémica tem condicionado um aumento gradual na pressão dos cuidados de saúde, em especial na ocupação dos cuidados intensivos e nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve”, refere a análise de risco da pandemia da última semana.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

3.º Seminário sobre Linfomas da APCL: Do Diagnóstico à Retoma da Vida

A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) promove, no próximo dia 12 de abril, a 3.ª edição do Seminário sobre Linfomas, no Auditório do metro de Lisboa (Linha Azul – Estação de metro do Alto dos Moinhos). Este evento, direcionado a doentes, cuidadores e profissionais de saúde, oferece uma oportunidade única para partilhar informação atualizada e apoio a todos os que vivem com linfoma.

Bolsa da APAH vai ajudar a testar percurso específico para pessoas com comportamentos aditivos e melhorar acesso à IVG

A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com consultoria técnica da nobox e apoio da Gilead Sciences, vai ajudar a implementar dois projetos inéditos nas Unidades Locais de Saúde (ULS) da Arrábida e de Póvoa de Varzim/Vila do Conde, vencedores da 5.ª edição da Bolsa “Capital Humano em Saúde”, que tem como objetivo e implementação de projetos que melhorem a articulação dos cuidados de saúde. 

Estudo internacional identifica alvo promissor para tumores cerebrais infantis

Uma equipa internacional de investigadores identificou o receptor PDGFRA como um alvo promissor no tratamento de gliomas pediátricos de alto grau, tumores cerebrais agressivos com poucas opções terapêuticas. O inibidor avapritinib mostrou eficácia em modelos laboratoriais e humanos, abrindo caminho para novos ensaios clínicos.

Mulheres com Doença de Parkinson: Estudo Revela Subdiagnóstico

Estudo da Egas Moniz School of Health & Science destaca que as mulheres com Doença de Parkinson são frequentemente subdiagnosticadas e enfrentam desafios significativos no acesso a tratamentos especializados. A pesquisa, intitulada “Using a sex- and gender-informed lens to enhance care in Parkinson’s disease”, revela que as diferenças de sexo e género têm um impacto considerável na progressão da doença e na qualidade de vida das pacientes.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights