“O IPO Lisboa tem doentes que realizam tratamentos que obrigam a um suporte transfusional importante, nomeadamente de glóbulos vermelhos e de plaquetas”, disse a diretora do Serviço de Imuno-Hemoterapia, Dialina Brilhante, numa resposta escrita à agência sobre as reservas de sangue.
Dialina Brilhante explicou que, como as plaquetas têm um prazo de validade curto, no máximo sete dias, o facto de haver menos dadores disponíveis em períodos de férias e feriados reflete-se sobretudo no ‘stock’ de plaquetas.
“Nesta última semana, registámos um acréscimo de consumo de componentes sanguíneos. Temos doentes graves, em fases de tratamento que implicam um maior consumo de componentes sanguíneos e, por isso, temos tido dias com o ‘stock’ de plaquetas no limite”, adiantou a diretora Serviço de Imuno-Hemoterapia.
Disse ainda que, como recomendado, o IPO de Lisboa aplica critérios de prescrição restritivos, ou seja, transfunde o essencial.
“Felizmente, continuamos a ter agendamento de dádivas, mas também temos tido desmarcações de dadores que têm sido convocados para fazer a vacina contra a covid-19. Por outro lado, a pandemia obriga a adoção de medidas de segurança que criam algumas limitações”, explicou a especialista.
No ‘site’, o IPO informa que as pessoas que receberam a vacina contra a covid-19 terão de aguardar sete dias após a vacinação para doar sangue, caso não apresente sintomas pós-vacinais.
Em caso de sintomas, após a administração das vacinas, só deve doar sangue sete dias após o seu desaparecimento.
Os dadores podem fazer a sua dádiva no IPO a qualquer hora, durante o horário de funcionamento ao público do Serviço de Imuno-Hemoterapia ou agendar num recentemente um formulário eletrónico que o IPO lançou recentemente para inscrição de dadores, através do ‘site’.
Para aumentar as reservas de sangue, todas as semanas o IPO faz apelos à dádiva nas redes sociais.
No Instituto Português de Oncologia, os dadores podes dar sangue total, plaquetas, plasma ou glóbulos vermelhos e, ao fazer a sua dádiva, também pode inscrever-se como dador de medula.
Em Portugal, a prevalência do cancro está a aumentar e o número de doentes em tratamento no IPO Lisboa também. Por ano, são assistidos cerca de 14 mil novos utentes e estão em tratamento/acompanhamento mais de 57 mil doentes.
A estes números acrescem mais de 36 mil sessões de quimioterapia e mais de 81 mil tratamentos de radioterapia.
Quanto ao cancro pediátrico, o IPO Lisboa recebe cerca de 200 novos casos por ano e tem 450 crianças em tratamento.
LUSA/HN
0 Comments