O furacão Ida, de categoria 1 de uma escala que vai até 5, situava-se às 22.00 horas de Lisboa a 70 quilómetros da ilha cubana da Juventude, segundo o último boletim do Centro dos Furacões dos EUA (NHC, na sigla em Inglês).
Com ventos de até 130 quilómetros por hora (km/h), o Ida está a avançar a 24 km/h para noroeste e deve chegar a terra no domingo, na Costa do Golfo, onde se situam os Estados do Luisiana e do Mississippi, segundo o NHC.
Esta agência estima que nessa altura o Ida pode evoluir para “um furacão principal” e “extremamente perigoso”, atingindo a categoria 4, com ventos potencialmente superiores a 200 km/h.
O presidente Joe Biden aprovou na sexta-feira a declaração de estado de emergência para o Luisiana, para permitir uma “assistência federal” aos esforços de preparação, com ordens de retirada, voluntárias e obrigatórias, a terem sido já emitidas em alguns locais.
“O presidente vai seguir esta situação com atenção e ser mantido informado dos desenvolvimentos durante o fim de semana”, disse a sua porta-voz, Jen Psaki.
“Este é um desafio extremo para o nosso Estado”, declarou o governador do Luisiana, John Bel Edwards, em comunicado, quando o Estado se debate com uma nova vaga de infeções com o novo coronavirus, que coloca os seus hospitais sob forte pressão.
“É a altura de os habitantes do Luisiana se prepararem”, exortou Bel Edwards, avançando que até sábado à noite todos os habitantes deveriam estar em um abrigo seguro.
“Garantam que vocês e a vossa família estão pontos a enfrentar qualquer eventualidade”, disse.
Nova Orleães, em particular, antecipa potenciais estragos.
“Estamos na trajetória da tempestade, prevemos repercussões importantes”, escreveu na rede social Twitter a presidente da câmara, LaToya Cantrell.
O Luisiana, Estado do sul do país, é atingido regularmente por furacões. Ainda não recuperou totalmente do traumatismo de 2005, quando o Katrina causou uma destruição elevada e mais de 1.800 mortos.
Nesta ocasião dramática, Nova Orleães tinha sido inundada em 80% quando os diques que a protegiam cederam.
Com o aquecimento da superfície dos oceanos, os furacões ficam mais fortes, segundo os cientistas, e aumentam os riscos incidentes sobre as comunidades costeiras de ondulação e inundação, amplificados pela subida do nível do mar.
Na semana passada, a tempestade tropical Henri, acompanhada de precipitações inéditas, atingiu o nordeste dos EUA, caso raro nesta região, e provocou que milhares de pessoas ficassem sem eletricidade.
LUSA/HN
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