Os dois casos foram detetados num matadouro de Belo Horizonte, capital regional de Minas Gerais, numa fazenda de Nova Canaã do Norte, em Mato Grosso, em animais que estavam em situação de serem “descartados” da finalidade alimentar devido à sua avançada idade.
“Todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal [OIE, na sigla em inglês], em Alberta, no Canadá. Por isso, não há risco para a saúde humana e animal”, assinalou o Ministério, sobre os dois casos.
Com a deteção destes dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), nome científico da doença, foram de imediato suspensas as exportações de carne bovina para a China, o principal comprador e sócio comercial do Brasil.
“A medida, válida a partir de hoje, irá manter-se até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já remetidas sobre os dois casos”, acrescentou.
Em 2019, o Brasil também foi obrigado a suspender as exportações para a China, depois de se ter confirmado um caso atípico da chamada doença das “vacas loucas” no estado de Mato Grosso, que surge de forma espontânea e esporádica no gado.
A China é o único país importador do Brasil que conta com um protocolo sanitário que exige a suspensão temporária da importação de carne quando se deteta um caso de EEB.
Em quase 23 anos de vigilância da doença, o Brasil registou, antes destes dois, três casos da doença das “vacas loucas” atípica, e nenhum clássico, uma variedade que levaria a um encerramento total de todos os mercados pelos riscos que representa para a saúde humana.
LUSA/HN
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