Esta opinião é considerada como um revés para o governo do presidente Joe Biden, depois de a Casa Branca ter anunciado a intenção de promover a vacinação de todos os cidadãos que tivessem recebido a sua segunda dose há oito meses, na condição de a FDA o aprovar.
Os técnicos daquela comissão estimaram que uma terceira dose poderia justificar-se para uma faixa etária mais restrita, a das pessoas idosas.
Numa votação posterior, a comissão pronunciou-se a favor de uma terceira dose da vacina Pfizer contra a covid-19 para pessoas com 65 anos ou mais, bem como para pessoas com alto risco de desenvolver uma forma grave da doença.
Esta dose de reforço é recomendada pelos especialistas norte-americanos a partir de seis meses após a segunda dose.
Os especialistas deliberaram ainda, após um dia de discussões, que os profissionais de saúde também deveriam ser incluídos entre essas pessoas de “alto risco”.
A recomendação para esta terceira dose, enquadra-se no contexto de uma autorização de emergência, especificaram, segundo a AFP.
As recomendações da comissão não são vinculativas, mas muito raramente não são seguidas pela FDA.
Durante a votação, a maioria destes técnicos – investigadores, epidemiologistas, especialistas em doenças infecciosas – pronunciou-se contra uma campanha de vacinação para a população em geral, por 16 votos, contra apenas dois.
Entre os seus argumentos estiveram as inquietações com os riscos de miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco, entre os jovens adolescentes e adultos masculinos.
Não ficou claro, imediatamente após o voto, se os técnicos iriam votar de novo, neste caso sobre faixas etárias diferentes.
A covid-19 provocou pelo menos 4.667.150 mortes em todo o mundo, entre mais de 226,96 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.895 pessoas e foram contabilizados 1.007.911 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
LUSA/HN
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